Na manhã da última terça-feira (23/4), o Conselho de Administração do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) decidiu, em reunião, fechar o Instituto Cultural Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG Cultural), braço cultural da instituição financeira.

 

 



Em comunicado interno repassado aos funcionários ao qual o Estado de Minas teve acesso, o conselho – formado pelo presidente e vice, respectivamente, Wagner Lenhart e Welerson Cavalieri, e mais quatro representantes – determinou o início da “transição para promover a dissolução do Instituto Cultural Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais - BDMG Cultural”.

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O texto acrescenta que, a que partir de agora, providências serão tomadas para o cumprimento da decisão e os desdobramentos serão informados oportunamente. A reportagem entrou em contato com a assessoria do BDMG, mas não obteve resposta até a publicação deste texto.

A decisão de extinguir o BDMG Cultural foi tomada dois dias antes da abertura da exposição individual de Iago Marques, que inaugura o Ciclo de Mostras 2024 do instituto. Artistas se mobilizam para fazer uma manifestação em prol da entidade no vernissage desta quinta-feira (25/4), às 18h.

 

Rumores apontam que a Fundação de Artes de Ouro Preto (FAOP), unidade da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), vai assumir parte das competências do instituto cultural. A secretaria, no entanto, não respondeu quando questionada sobre o assunto.

 

Criado no final de 1988 pelo então presidente do BDMG, Carlos Alberto Teixeira de Oliveira, o BDMG Cultural se consolidou como espaço multidisciplinar para fomentar, registrar e divulgar processos culturais em Minas Gerais. A inauguração do instituto foi marcada pela exposição de obras de Alberto da Veiga Guignard e apresentações do Coral Lírico de Minas Gerais e Grupo Uakti.


No ano passado, durante espetáculo que comemorava os 35 anos do BDMG Cultural, no Palácio das Artes, o público reagiu com vaias a um vídeo enviado pelo governador Romeu Zema (Novo) para marcar a celebração. A manifestação coletiva durou o tempo exato do vídeo. Assim que terminou, quando foi anunciado um novo vídeo, desta vez sobre a história da instituição cultural, houve uma chuva de palmas.

 

Atualmente, o BDMG Cultural conta com 13 funcionários, desde presidente – o ex-deputado estadual Gustavo Mitre (PSD) ocupava o cargo, mas se licenciou para concorrer à prefeitura de Itaúna.

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