Por mais que as dificuldades apareçam, Armandinho não enxerga contratempos como “inferno astral”, mesmo os mais inconvenientes. Nos últimos três meses, o cantor de 54 anos lesionou uma costela, teve a cabeça do fêmur inflamada e vem convivendo com dores constantes no quadril.

 


“São 24 anos de carreira, dançando e pulando no palco quase todo dia… Uma hora a conta chega, né?”, reconhece o músico, que, neste sábado (27/4), vai se apresentar no Festival Só Amor, realizado na Faculdade Milton Campos, em Nova Lima, na Grande BH.

 



 

Acompanham o músico os mesmos colegas de banda que dividem o palco com ele há 10 anos: Renato Batista (trompete), João Coiote (violão e backing vocal), Pedro Porto (contrabaixo), Vini Bondan (bateria) e Luciano Granja (guitarra).

 

 


Armandinho promete entregar um show com energia lá no alto, apesar de as lesões o comprometerem. O setlist ajuda a manter o alto-astral. São hits como “Analua”, “Casinha”, “Outra vida”, “Folha de bananeira” e, claro, “Desenho de Deus”, que estourou em 2004 com os versos “Quando Deus te desenhou / Ele tava namorando”.


Parceria com Gabriel, O Pensador

 

“Resolvi preparar um show só com os clássicos para agradar a galera”, adianta o músico. “Talvez eu também toque algumas das músicas que lancei recentemente, mas isso ainda não é certo”, acrescenta, referindo-se aos singles “Lugar que se quis”, “Outra vida”, “Eu juro” e “Liberdade”, essa última em parceria com Gabriel, o Pensador.

 


Os singles recentes são composições inéditas que o cantor vem disponibilizando nas plataformas como pílulas do novo álbum produzido de maneira independente e que deve sair em dois meses.

 


Mais maduro pessoal e profissionalmente, Armandinho assumiu todo o processo de produção desse novo disco, incorporando canções compostas recentemente e outras que ele fez no início da carreira, mas que acabaram ficando de fora dos álbuns anteriores por decisão das gravadoras.

 


A ideia do novo disco é trazer a essência de Armandinho como compositor, a partir de melodias e letras de reggae que não se curvam ao formato engessado que as rádios exigem.

 

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“Conseguimos criar aqui no Brasil um estilo musical, principalmente no reggae, que é muito pessoal, muito próprio de cada artista. Não podemos perder isso”, diz o músico.

 


“Se você for analisar, vai ver que o som que cada um faz não se parece com o do outro. Por exemplo, a sonoridade do Natiruts é própria deles, assim como o do Planta & Raiz e do Maneva”, continua o músico gaúcho.

 

Projeto mineiro

 

O Maneva, aliás, é outra atração do Só Amor. Além do grupo paulistana e de Armandinho, também se apresentam no evento as bandas Big Up e Pipa, os DJs Mayrink, Tilulu, e Zaidan, e o projeto Cruvinel e convidados.

 


O último, idealizado pelo mineiro Cruvinel, visa dar espaço para novos artistas da cena local. No Só Amor, por exemplo, dividem o palco com Cruvinel nomes como Flor Grassi, Túlio Dayrell, Davi Leão, Cebola e Dan Gentil, Fi Barreto e Juliano Rosa.

 

 


FESTIVAL SÓ AMOR


Shows com Armandinho, Maneva, Big Up, Banda Pipa, Cruvinel, DJ Mayrink e Tilulu e DJ Zaidan. Neste sábado (27/4), a partir das 14h, na Faculdade Milton Campos (Rua Senador Milton Campos, 202, Vila da Serra), em Nova Lima, na Grande BH. Ingressos à venda, pelo Sympla, por R$ 190 (4º lote open bar/meia social), R$ 160 (1º lote/ inteira) e R$ 90 (1º lote/ meia social). Meia social mediante doação de 1kg de alimento não perecível.

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