Não foi por falta de orquestras que as mães celebraram, em família, este domingo (12/5). As duas maiores formações de Minas Gerais – a Filarmônica e a Sinfônica – além da Orquestra Ouro Preto, fizeram concertos na manhã deste Dia das Mães.
Já uma tradição da Filarmônica realizar, em todo segundo domingo de maio, o concerto para as mães. A apresentação ocorreu na Praça da Liberdade. Os standards “Aquarela do Brasil” e “Frevo de Orfeu” encerraram, no bis, a apresentação para uma praça lotada.
Carisma a toda prova, o maestro José Soares apresentou para um público diverso uma linguagem simples para ir ao encontro da música - a seleção foi bastante festiva, como pedia a data.
Pediu para o público cantarolar trechos de obras conhecidíssimas como “Acalanto”, de Brahms e “Rondo alla turca”, de Mozart.
Os clássicos
Entre os clássicos do repertório de concerto, reconhecíveis em qualquer lugar, ainda estava o “Valsa das Flores”, de “O quebra-nozes” (Tchaikovsky).
Momento alto foi a polca “Trovão e relâmpago”, de Strauss. Sob a batuta do maestro o público participou da polca - levantando o programa como num leque, e batendo palmas.
Depois de outras celebrações às mães presentes - tanto as da plateia quanto as da orquestra -, a Filarmônica se voltou para a América Latina.
Tocou as percussivas “Danzon”, de Arturo Márquez e “Batuque”, de Lorenzo Fernandez. Encerrou o programa com temas de Baden Powell e João Donato arranjados por Leonardo Gorosito, suite criada a pedido da Filarmônica.
Antes do concerto, o presidente do Instituto Cultural Filarmônica, Diomar Silveira, homenageou as mães presentes (incluindo a dele, aos 94 anos) e também falou da gestão da orquestra.
Silveira explicou ao público que a orquestra é resultante de uma parceria público privado, gerida por organização social selecionada via edital. Ainda agradeceu tanto ao Governo de Minas por meio da Secretaria Estadual de Cultura e Turismo, bem como patrocinadores, assinantes, associação de amigos, conselheiros da orquestra.
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O recado foi dado. Este foi o primeiro concerto em espaço público da Filarmônica em BH desde o imbróglio de abril, quando houve uma queda de braço pela gestão da sala no Barro Preto - batalha vencida pelo ICF, diga-se.
No Parque Municipal
Estreante no Brasil, o alemão Oliver Weder, maestro titular da Orquestra Sinfônica de Thüringen encerrou hoje, no Parque Municipal, sua temporada belo-horizontina. Depois de dois concertos, ao longo da semana, no Palácio das Artes, o regente esteve mais uma vez à frente da OSMG para apresentação com repertório majoritariamente italiano. O parque também estava lotado na manhã quente.
A orquestra, ao lado do Coral Lírico de Minas Gerais, executou a abertura da ópera “Nabucco”, de Verdi e árias e coros de “Le villi”, “Madama Butterfly”, “La rondine”, “Turandot” e “Tosca”, de Puccini. No encerramento, o repertório deixou a Itália e se encaminhou para a República Tcheca, com trechos da “Sinfonia nº 9”, de Dvoák. O maestro alemão se comunicou com a plateia por meio de um tradutor.
Não longe do dali, o maestro Rodrigo Toffolo dedicou, no Sesc Palladium, repertório jazzístico em homenagem a Duke Ellington (1899-1974) – o cinquentenário de morte do compositor, pianista e líder de orquestra será em 24 deste mês. Acompanhando a Orquestra Ouro Preto estavam um sexteto de metais e a pianista Luisa Mitre. A renda da apresentação será destinada às vítimas da tragédia por chuvas no Rio Grande do Sul.