
Dez dias após posse, Jefferson da Fonseca renuncia ao BDMG Cultural
Funcionários da instituição receberam na manhã desta quarta (15/6) comunicado sobre renúncia do gestor. Aviso foi feito por meio de carta
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Siga noReviravolta no caso da gestão do BDMG Cultural. Empossado em 3/5 para presidir o braço cultural do Banco BDMG, Jefferson da Fonseca renunciou ao cargo. Os funcionários da instituição receberam na manhã desta quarta (15/5) apenas um comunicado sobre a saída de cena, que teria ocorrido por meio de uma carta enviada pelo gestor ao Conselho de Administração do banco.
Desta maneira, o BDMG Cultural está sendo presidido interinamente pela diretora financeira Larissa D’Arc, que estava à frente da instituição antes da chegada de Fonseca. A renúncia aconteceu poucos dias depois de o gestor ter sido questionado pela Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
Na quinta (9/5), durante a audiência pública na sede do legislativo, Fonseca permaneceu calado em alguns momentos, pois não soube responder às questões levantadas pelos deputados.
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“Eu acho preocupante, do ponto de vista de biografia mesmo, que você esteja disposto a ocupar esse cargo, receber o título de liquidante, sem saber qual o motivo da dissolução do BDMG Cultural, qual foi o estudo feito para fechar, quais são os planos do governo para o patrimônio e para os trabalhadores (da instituição)... Como você vai fazer um plano de dissolução do BDMG Cultural se você não tem as respostas sobre o que o governo entendeu como problema?”, questionou a deputada Lohanna (PV), vice-presidente da Comissão de Cultura da ALMG.
O imbróglio sobre o BDMG Cultural teve início em abril. Em 24/4 os 13 funcionários receberam o seguinte aviso: “O Conselho de Administração determinou que seja iniciada a transição para promover a dissolução do Instituto Cultural Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais - BDMG Cultural.”
No dia seguinte (25/4), em entrevista ao Estado de Minas, Fonseca confirmou que assumiria a instituição criada em 1988, por meio da FAOP, órgão que integra a Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult).
Disse ainda que o BDMG Cultural não seria dissolvido e que o Banco BDMG continuaria fazendo aportes para a instituição. “A gente está trabalhando para garantir absolutamente todas as ações e todos os programas do BDMG Cultural”, afirmou ao EM.
Toda a questão sobre a gestão do espaço e o próprio futuro da instituição ocorreu dias antes de uma de suas principais realizações. Entre 24 e 26/5 será realizado, no Teatro Sesiminas, a 23ª edição do Prêmio BDMG Instrumental. O evento está confirmado e sua realização será por meio de recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Procurada, a assessoria da FAOP afirmou apenas que o assunto agora é do Governo de Minas. Também procurada pela reportagem por meio da sua assessoria, a Secult afirmou que o assunto deverá ser tratado com o Banco BDMG. Já a assessoria da instituição financeira, por e-mail enviado à reportagem, apenas reproduziu o comunicado que os funcionários do BDMG Cultural receberam na manhã de ontem informando da renúncia de Fonseca e da interinidade de Larissa D'Arc "até a nomeação de novo diretor presidente".