Com mais de 400 artistas confirmados e 266 mesas com venda de obras de quadrinistas brasileiros e estrangeiros, o 12º Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte (FIQ BH) foi aberto na quarta-feira (22/5) e segue com programação gratuita até domingo (26/5), no Minascentro.

 

Nesta quinta-feira (23/5), haverá duelos de HQs, exposição, sessões de autógrafos, oficinas, debates e mostra de cinema.

 


A gaúcha Ana Luiza Koehler e o mineiro Alves são os artistas homenageados nesta edição. Criaram em conjunto “Reconstruir sobre o que apagam – os espaços reimaginados de Ana Koehler e Alves”, série de montagens feitas exclusivamente para o FIQ.

 



 


Obras expostas durante todo o dia apresentam a fusão entre o espaço urbano do início do século 20, presente no trabalho de Ana Luiza Koehler, e a paisagem do cerrado, destaque da criação do mineiro.

 


“A questão da memória é muito abordada tanto na minha obra quanto na da Ana. Em um sentido rigorosamente histórico, como no caso dela; e afetivo e lúdico, como no meu”, diz Alves. “Foi realizada a sobreposição dos elementos das nossas ilustrações. É uma forma de mostrar que tanto as memórias do interior quanto as do espaço urbano estão vivas uma na outra.”

 


Às 9h e às 14h30, haverá duelo entre quadrinistas, no Auditório Ziraldo. Durante a atividade, quatro artistas desenham de acordo com palavras e temas sugeridos ao vivo, sendo o vencedor eleito pela plateia.

 


Das 11h às 18h, o público poderá participar de lançamentos e sessões de autógrafos com presença de 60 quadrinistas.

 


As oficinas começam na Sala Ykenga, às 16h, com o ilustrador Hiro Kawahara. “Movimento é vida” foca no estudo do movimento de desenhos. Para iniciantes, destacam-se “Chibi – A técnica kawai de desenhar”, às 14h, e “Criando cenários fantásticos”, às 15h.

 

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Durante a tarde, o Auditório Ziraldo abrigará quatro mesas de debates que propõem discutir diferentes tópicos do universo das histórias em quadrinhos.


Diálogo com o rap

 

“Rap e quadrinhos” a última mesa do dia, às 19h, vai abordar a relação entre esse gênero musical e as HQs.

 


“Rap e HQ já dialogam há algum tempo, principalmente se formos observar a questão do hip hop com o grafite, que por sua vez tem forte conexão com a linguagem dos quadrinhos. O grafite, afinal, é uma forma de contar histórias através das imagens”, diz o músico Roger Deff, mediador da mesa, que contará com os artistas Guilherme Match, Prisca e Rashid.

 


Além das atividades no Minascentro, o Cine Santa Tereza recebe mostra especial de filmes que integram a programação do FIQ. Nesta quinta, as animações “O quadro”, de Jean-François Laguionie, e “As bicicletas de Belleville”, de Sylvain Chomet, serão exibidas às 16h30 e 19h, respectivamente.

 


FESTIVAL INTERNACIONAL DE QUADRINHOS – FIQ BH


Até domingo (26/5), no Minascentro (Rua Guajajaras, 1.022 – Centro). De hoje a sexta-feira, das 8h às 20h; sábado, das 9h às 21h; e domingo, das 9h às 19h. Entrada gratuita. Programação: portalbelohorizonte.com.br/fiq.

* Estagiária sob supervisão da subeditora Tetê Monteiro

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