Daniel Brühl vive o estilista que fez história na Chanel e criou uma persona fascinante -  (crédito: disney+/divulgação)

Daniel Brühl vive o estilista que fez história na Chanel e criou uma persona fascinante

crédito: disney+/divulgação

 

Depois de "Cristóbal Balenciaga" e "The new look", o defile de séries sobre a alta costura continua com a estreia, nesta sexta-feira (7/6), na Disney+, de "Becoming Karl Lagerfeld", uma produção muito esperada sobre a ascensão deste ícone da moda.

 


Adaptada da biografia "Kaiser Karl", da jornalista do Le Monde Raphaëlle Bacqué, essa minissérie em seis episódios segue os primeiros passos do estilista, inicialmente sem seu característico rabo de cavalo, na Paris dos anos 70, quando rodou o mundo do prêt-à-porter, antes de se transformar no emblemático estilista da Chanel.

 


Interpretado com sutileza pelo ator hispano-alemão Daniel Brühl, o personagem se destaca no mundo da moda graças à sua colaboração com Gaby Aghion (Agnès Jaoui), a fundadora da Chloé.

 

 


Mas a série também apresenta sua rivalidade com Yves Saint Laurent (Arnaud Valois), o protegido de Pierre Bergé (Alex Lutz). E, acima de tudo, seu relacionamento com o dândi Jacques de Bascher (Théodore Pellerin), o grande amor de sua vida.

 


Será uma oportunidade de revelar parte do mistério que Karl Lagerfeld, falecido em 2019, gostava de cultivar e que, pela primeira vez, está no centro de uma ficção audiovisual.

 


Daniel Brühl (“Adeus, Lênin!”, “Bastardos Inglórios”) disse que “o mundo inteiro era fascinado por ele”, sem conhecer realmente o homem “por trás da fachada que ele havia criado”.

 


Preocupado em não cair na caricatura, o ator poliglota, que ensaiou falando “em francês com sotaque alemão”, diz que teve uma revelação quando experimentou os saltos altos de seu personagem, que o fizeram pensar “em flamenco e toureiros”, permitindo-lhe “manter a imagem” de um “matador” antes de cada tomada.

 


Dirigida por Jérôme Salle (“Kompromat: O Dossiê russo”) e Audrey Estrougo, a produção francesa foi filmada entre Paris, Mônaco e Itália, conta com mais de 2,2 mil figurantes em mais de 40 cenários, com um total de 3 mil figurinos, dos quais 160 foram criados especificamente para a produção.

 


O lançamento ocorre poucos meses depois da série espanhola “Cristóbal Balenciaga” (Disney+), dedicada ao estilista homônimo, e do americano “The new look” (Apple TV+), sobre a ascensão de Christian Dior.

 


“Estamos em um momento em que a moda é um patrimônio” e em que “podemos confortavelmente olhar para trás” para criar histórias, diz o ator Alex Lutz. “É um mundo muito atraente”, mas também “insalubre”, onde coexistem “glamour, publicidade, pretensão, mas também tragédia, drama e vazio”, diz Daniel Brühl.

 


Para Arnaud Valois, os representantes do setor “se tornaram seus próprios personagens”, o que é “material inesgotável para os roteiristas”. É também uma maneira de as plataformas alimentarem seus catálogos com produções locais, ao mesmo tempo em que cruzam fronteiras graças a figuras conhecidas em todo o mundo. (Aurélie Carabain)