Gonzalo Rubalcaba e Hamilton de Holanda formam a dupla cubano-brasileira de

Gonzalo Rubalcaba e Hamilton de Holanda formam a dupla cubano-brasileira de "COLLAB"

crédito: Dani Gurgel/Divulgação

Ganhador de vários Grammys Latinos, o bandolinista carioca Hamilton de Holanda lança os álbuns “COLLAB” e “Tembla”, ambos pela Sony Music e já disponíveis nas plataformas digitais. O primeiro foi gravado em parceria com o cubano Gonzalo Rubalcaba – considerado um dos maiores pianistas do século 20 –, trazendo a participação de João Bosco e do gaitista Gabriel Grossi. “Tembla”, por sua vez, conta com os músicos venezuelanos do C4 Trio e repertório com clássicos da música latino-americana.

 


O álbum “COLLAB” representa o encontro do jazz afrocubano e brasileiro. Holanda afirma que já escuta o pianista Gonzalo Rubalcaba há vários anos.

 


“É daqueles músicos que quando ouvimos sabemos quem está tocando. Por outro lado, sempre tive a vontade de tocar com ele, porque Gonzalo fazia coisas que eu reconhecia na minha visão de música, principalmente pelo sotaque nacional e o olhar internacional“.

 

 

 

MPB, soul e pop

 

O disco traz três canções de Holanda e três de Rubalcaba, além de releituras de hits da MPB – “Incompatibilidade de gênios” (João Bosco e Aldir Blanc), que surge em duas versões, sendo uma instrumental e outra cantada –; da soul music (“Dont’ you worry 'bout a thing”, de Stevie Wonder); do jazz ( “Silence”, de Charlie Haden); e do pop lusitano (“Saudade, saudade”, de Maro).

 


Segundo Holanda, “COLLAB” – que já tem três clipes rolando no YouTube – é um disco que mistura vários sentimentos.

 

 

“Cada música tem uma pintura, uma cor diferente de sentimento, muito interessante, e a aproximação do jazz brasileiro com o choro. Tem também a proximidade ancestral afrocubana com a afrobrasileira e o choro, no qual aprendi minhas primeiras melodias. Antes mesmo de aprender a ler e a escrever, já tocava meus chorinhos. O disco é permeado musicalmente por essas linguagens, tornando-se uma combinação bem bacana.”


O artista revela que gostaria muito de compor com Rubalcaba. “Acredito que basta a gente ter a oportunidade de conviver mais. Provavelmente, faremos shows, turnês e isso, naturalmente, possibilitará essa parceria.”

 

Clássicos latinos

 

Em “Tembla”, Holanda se une ao C4 Trio, explorando clássicos da música latina em um trabalho inovador e original da cena musical venezuelana e latino-americana.

 

Com formato de três cuatros (instrumento semelhante ao cavaquinho e ao ukulele), o C4 conta ainda com um baixo elétrico. Consegue criar sonoridade enraizada na música popular venezuelana, porém com influências do jazz, música latina, world music e do pop. Jorge Glem, Hector Ramirez, Héctor Molina e Rodner Padilla formam o grupo.

 

 


O disco traz clássicos como “Borbulhas de amor” (Juan Luis Guerra) e o bolero “Frenesi”, entre outros. Holanda conta que a ideia era fazer repertório com 10 clássicos da música latina, não necessariamente brasileiras ou venezuelanas, mas que abraçasse o cancioneiro da região. Quanto ao título do álbum, explica que a palavra tembla vem de temblar que, em espanhol, significa estremecer.

 

Hamilton de Holanda com o grupo venezuelano C4 Trio

Hamilton de Holanda (no alto, à esquerda) se uniu ao grupo venezuelano C4 Trio no disco "Tembla"

Dani Gurgel/Divulgação

 


Para o repertório de “Tembla”, além de clássicos da América Latina, Holanda destaca a música panamericana – através de Chick Corea, com ‘La fiesta’ – e a ibero-americana, com o espanhol Alejandro Sanz (“Coração partio”).

 


“Tem também uma música minha mais antiga (‘Pras crianças’), uma do Jorge Glenn ('Manzanares'), além da participação da cantora indiana Varijashree Venugopal (“Manzanares”). O disco ficou bem alegre, meio festa, meio música mais rítmica, dançante.” 


“COLLAB”


• Álbum de Hamilton de Holanda e Gonzalo Rubalcaba
• 11 faixas
• Sony Music
• Disponível nas plataformas digitais

 


“TEMBLA”


• Álbum de Hamilton de Holanda e C4 Trio
• 10 faixas
• Sony Music
• Disponível nas plataformas digitais