RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Ícone das novelas entre o fim dos anos 1980 e anos 2000, Malu Mader está fora de uma produção do gênero desde 2016, quando fez "Haja Coração". Sua saída das tramas aconteceu assim que deixou de ter contrato fixo com a Globo.
Quase dez anos depois, e com séries e filmes no currículo desde então. Malu tem uma resposta para o seu afastamento, e não é apenas a saída da emissora. Como telespectadora, ela deixou de assistir folhetins.
"Eu não tinha mais o hábito de ver novela. Talvez por ter feito tanta novela, eu tinha que fazer algumas outras coisas que não só, né? Então eu não tinha mais aquela coisa: 'ah, que vontade de fazer'. Eu comecei muito a querer isso que está acontecendo", disse a atriz, em entrevista ao site F5.
"Desde que eu parei com as novelas, eu não tinha um plano assim: 'Ah, não quero mais fazer novelas'. Mas eu não tinha mais aquele desejo incandescente de quando eu era mais nova. Aquele fogo. E a gente fica com vontade de fazer aquilo que inspira a gente, aquilo que a gente também está gostando de assistir. Quando eu era pequena, assistia a muita novela. Era uma noveleira clássica, sabe? Eu via, chegava do colégio, via das seis, das sete e das oito, e tivesse, via a das dez. Quando saí, não tinha mais isso", explica.
Seu mais recente trabalho é a série "Mila no Multiverso", que tem uma primeira temporada disponível no Disney+ desde o ano passado, e já tem uma segunda temporada grava para estrear em breve.
Malu aceitou o convite para a produção por causa do ineditismo em sua carreira: nunca havia feito nada de ficção científica, algo que vinha acompanhando fazia algum tempo, e nem dedicado para adolescentes.
"Quando apareceu, eu nunca tinha feito ficção científica, nunca mais tinha feito nada para adolescentes. E tudo me pareceu bem diferente do que eu tinha feito. Então fiz, foi super legal. Já fizemos a segunda temporada e torço para que tenha uma terceira também", revelou.
Documentário dos Titãs
Esposa de Tony Belotto, guitarrista dos Titãs, Malu Mader acompanhou de perto a turnê Titãs Encontro, que juntou pela primeira vez os membros originais ainda vivos de uma das principais bandas de rock do Brasil. A atriz revelou o desejo de fazer um material com os registros que fez. Seria um projeto a longo prazo, sem pressa alguma para lançá-lo.
A ideia é baseada no documentário The Beatles: Get Back, produzido por Peter Jackson para o Disney+, e lançado em 2021, onde diversas imagens inéditas da história da banda são exibidas.
"Eu gostaria de fazer, mas acho que quando penso em documentário, eles ganham muito quando você tem uma certa distância temporal. Com essa questão das mídias sociais, muita coisa foi postada. Tudo foi filmado mesmo com o celular. Acho que a gente tem que parar, dar um tempo, olhar um pouquinho de longe e aí pensar que tipo de recorte a gente poderia fazer. E quando a gente passa um tempo maior ainda, aquilo adquire uma nova dimensão", revela.
"Aquilo na época de alta dos Beatles teria sido incrível de qualquer maneira, mas hoje ainda mais. Como é que eles tinham esse material, essa riqueza e ninguém viu? E às vezes com o passar do tempo você começa a enxergar nas imagens algo que você não percebia antes a riqueza daquilo. Se eu fizer alguma coisa com o material dos Titãs, será mais pra frente", conclui.