As placas de identificação do BDMG Cultural foram retiradas no início de junho  -  (crédito: Instagram/ Reprodução)

As placas de identificação do BDMG Cultural foram retiradas no início de junho

crédito: Instagram/ Reprodução

O fim do BDMG Cultural, após 35 anos de atividade, está mais próximo. Nesta semana, uma assembleia geral extraordinária definiu a indicação do advogado Luiz Felipe Braga Bastos como diretor-presidente do Instituto Cultural Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais. 


 

A chegada de Bastos é para conduzir “o processo de dissolução do BDMG Cultural, seguindo orientação do Conselho de Administração do BDMG”, segundo o comunicado enviado aos poucos (na verdade três) funcionários que restam na instituição.


Funcionários do Banco BDMG cedidos a seu braço cultural já retornaram a suas antigas funções. Interinamente no cargo de diretora-presidente, Larissa D’Arc de Faria deixou o BDMG Cultural depois da chegada de Bastos. A entrada do novo gestor foi acompanhada da nomeação de José Marcus Diniz Ferreira Júnior como diretor-financeiro.


Últimas ações culturais 

 

A meta ao longo de 2024 é realizar as três exposições previstas para o ano. Uma já foi. A segunda, aberta na última semana, é "Teimosia vegetal", dos artistas Ambuá e Izabella Coelho. A exposição ficará em cartaz até 28 de julho na galeria do BDMG Cultural, no bairro Funcionários.


 

A terceira e última exposição será no segundo semestre. Neste mesmo período serão realizadas as demais ações previstas, com os quatro shows dos vencedores do 23º. Prêmio BDMG Instrumental: Arthur Rezende (bateria), Felipe Rossi (clarinete e clarone), Guilherme Pimenta (violino) e Marcos Ruffato (violão).


 

O fim da instituição começou a vir a público no fim de abril, quando os funcionários foram pegos de surpresa com um comunicado do Conselho de Administração avisando da “transição para promover a dissolução” do mesmo. Ninguém, nos quase dois meses do início da questão, veio a público explicar a razão do fim da instituição. Também não se sabe o destino do acervo de obras criado durante três décadas e meia de atividade do BDMG Cultural. 


No início deste mês as placas da sede da instituição foram retiradas, sem aviso prévio aos funcionários. Há um movimento de artistas e produtores culturais em curso, o Salve o BDMG Cultural. Na semana passada, durante a abertura da mostra “Teimosia vegetal”, Ambuá e Izabella Coelho criaram, com a colaboração de várias pessoas, uma placa afetiva.