Carlinhos Brown dedicou canção à filha Maria, que estava na plateia na Praia de Copacabana, neste domingo (23/6) à noite  -  (crédito: Diego Mendes/Fotografia e Comunicação)

Carlinhos Brown dedicou canção à filha Maria, que estava na plateia na Praia de Copacabana, neste domingo (23/6) à noite

crédito: Diego Mendes/Fotografia e Comunicação

 

 

Rio de Janeiro – A Orquestra Ouro Preto (OOP) recebeu a banda mineira Pato Fu e o cantor e compositor baiano Carlinhos Brown como convidados de shows realizados na Praia de Copacabana, no sábado e neste domingo (22 e 23/6), com entrada franca.

 


As quatro apresentações exibiram o ecletismo da orquestra mineira, que tocou sucessos da banda pop norueguesa A-Ha, no sábado, e ontem fez a plateia dançar ao som de Luiz Gonzaga. Regida pelo maestro Rodrigo Toffolo, a OOP une música clássica, pop, rock e MPB.

 

 

 


O evento Orquestra Ouro Preto Vale Festival começou homenageando a banda norueguesa A-Ha, no sábado (22/6) de tarde. Ao longo de 50 minutos, o repertório trouxe “Take on me”, “Hunting high and low” e “Crying in the rain”, com novos arranjos para instrumentos de cordas.

 

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Trinta minutos depois, Pato Fu subiu ao palco. “A gente tem de ser muito valente para começar um espetáculo com essa doideira do 'Roto music'”, brincou Fernanda Takai, após abrir o show com “Rotomusic de liquidicafupum/ (Meet) the Flinstones”.


Rotomusic

 

Iniciada em 2022, durante a comemoração aos 30 anos da banda, que reúne também John Ulhoa, Ricardo Koctus, Xande Tamietti e Richard Neves, a parceria entre Pato Fu e OOP foi batizada de Rotorquestra de Liquidicafu devido ao álbum de estreia do grupo, “Rotomusic de liquidificapum”, de 1993.

 


Foi a primeira apresentação do projeto fora de Minas. “Este lugar é visitado por gente não só do Brasil todo, mas do mundo inteiro. Então a gente vai tocar para um pedacinho do mundo”, disse Fernanda ao público reunido na Praia de Copacabana.

 

“Há 30 anos, o Pato estava começando. Eu estava na plateia vendo a banda tocar lá em Ouro Preto e agora divido o palco com eles. Para mim, é uma alegria enorme”, comentou Toffolo.

 


“Ele conhece o nosso repertório de ponta-cabeça. Conhece não só sucessos do rádio, mas aquelas músicas lado B e, inclusive, pediu para a gente colocá-las no repertório. Não é coisa simples de fazer, ainda mais para uma banda que nem o Pato Fu, que tem repertório que vai de A a Z. Mas a Orquestra Ouro Preto vai de A a Z”, disse John Ulhoa.

 

 

Fernanda Takai e Orquestra Ouro Preto no palco montado na Praia de Copacabana

Fernanda Takai comemorou os 30 anos do Pato Fu, ao lado da Orquestra Ouro Preto, no sábado (22/6), em Copacabana. Cantora quer levar este show a todo o Brasil

Rapha Garcia/divulgação

 


Fernanda Takai sonha em levar Rotoquestra para o Brasil. “Não conseguimos realizar um espetáculo assim apenas com a bilheteria, porque a estrutura é muito grande. Esperamos encontrar parcerias para levar o show a outras cidades”, disse ela.

 

Oportunidade

 

Carlinhos Brown, que neste domingo (23/6) se apresentou pela segunda vez com a OOP, destacou a importância do projeto. “Um show gratuito vem da força de um coletivo. Acredito nessa força, ela está na Lei Rouanet e está no interesse da Vale de organizar tamanha oportunidade para os músicos e, claro, para o público. Em especial, fazendo um concerto diferenciado, né?”, afirmou.

 


O músico baiano destacou o trabalho da OOP. “Eles levam a música muito sério”, elogiou. “O maestro Toffolo é especial. Que coisa mais linda esta orquestra tocando Luiz Gonzaga. Ela tem uma alma linda.”

 

O concerto deste domingo teve “Asa Branca” e plateia animada, dançando ao som de “O xote das meninas”, clássicos de Gonzagão.

 


Carlinhos Brown interagiu com o público, tocou berimbau e dedicou a canção “Maria de verdade” para a filha Maria, que estava na Praia de Copacabana. Ao cantar “Amor, I love you”, jogou flores para a plateia, depois de entregá-las também ao maestro, aos músicos e para a intérprete de Libras.

 

Fruição

 

Hugo Barreto, presidente do Instituto Cultural Vale, ressaltou a importância do festival comandado pela Orquestra Ouro Preto.

 

“A gente oferece esse tipo de atividade para todos os tipos de público, de graça, para que eles venham ter uma fruição e um contato com a cultura. A cultura de Minas Gerais, da Orquestra Ouro Preto, do Pato Fu, junto de talentos da música brasileira, como é o caso do Carlinhos Brown e do Alceu Valença”, afirmou, referindo-se a “Valencianas”, show do músico pernambucano e da OOP apresentado em 2022 em Copacabana.



* A repórter viajou a convite do Instituto Cultural Vale