Perspectiva da nova fachada do prédio do Instituto Cultural Brasil Estados Unidos, na Rua da Bahia, no Bairro de Lourdes, após reforma que também contemplará o teatro  -  (crédito: Jô Vasconcellos/Divulgação)

Perspectiva da nova fachada do prédio do Instituto Cultural Brasil Estados Unidos, na Rua da Bahia, no Bairro de Lourdes, após reforma que também contemplará o teatro

crédito: Jô Vasconcellos/Divulgação

 

 

Localizado na Rua da Bahia, em Lourdes, o Instituto Cultural Brasil Estados Unidos (Icbeu) foi inaugurado em 1966 e teve seu projeto idealizado pelo arquiteto Sylvio Vasconcellos. O prédio foi tombado pelo município por sua importância histórica e arquitetônica.

 


Devido à pandemia da COVID-19, as portas foram fechadas desde o início de 2020, mas, este ano, houve investimento de R$ 10 milhões, informa o empresário Renato Werner, que assumiu o posto de presidente do Conselho Superior do Icbeu.

 


Werner diz que a reinauguração está prevista para junho de 2025. A revitalização arquitetônica está sob responsabilidade de Jô Vasconcellos, prima de Sylvio e projetista do Centro de Cultura Presidente Itamar Franco, que abriga a Sala Minas Gerais.

 

 


No prédio está o Teatro Icbeu, fechado desde 2013 para atividades externas, que também será reformado, anuncia Werner. Com capacidade para 245 pessoas, o novo espaço apostará em tecnologia para chamar a atenção da cena cultural belo-horizontina.

 


“Temos pessoas envolvidas no projeto que são experts, conhecedoras do que se precisa para ter um excelente espaço. Faremos o teatro mais tecnológico da cidade, porque instalaremos uma tela curva de 180 graus, que ocupa quase todas as paredes”, promete Renato Werner.

 

Segundo ele, Pedro Pederneiras, diretor técnico do Grupo Corpo, faz parte da equipe de palco. No refinamento do som, trabalha Marco Antônio Vecci, engenheiro acústico e professor da UFMG.

 

“Focamos também no trabalho acústico, que, independentemente do número de espectadores, terá qualidade de primeira. O espaço do teatro terá equipamentos, conforto e usabilidade”, afirma Werner.

 

De acordo com ele, o espaço estará aberto a todos os tipos de apresentações culturais – música, dança, peças e filmes, por exemplo.

 

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Diante das exigências do tombamento, Werner diz que o prédio passará por renovações que preservarão a arquitetura original.  “Muito do trabalho da Jô é feito em função do patrimônio histórico, artístico e cultural do município. Ela tem um relacionamento de respeito mútuo com os órgãos governamentais. Antes mesmo de começar a restauração, reforma e renovação, três trabalhos distintos que se completam, ela conversou com o Patrimônio”, detalha.


“(A Jô) Quis investigar, por exemplo, se os pisos eram originais de fabricação ou se houve alguma intervenção, ainda que não autorizada, durante esse período. Ela foi e é muito transparente com a seriedade do trabalho”, completa Werner.


Parceria com IBGS

 

A gestão do novo espaço se dará em parceria com o Instituto Brasileiro de Gestão Social (IBGS) e pretende retomar o intercâmbio cultural entre Brasil e Estados Unidos na capital mineira. Renato Werner, ex-estudante do instituto, explica que o objetivo é promover o letramento bilíngue para as escolas públicas de Minas Gerais.


“O teatro não vai funcionar apenas em função do Icbeu, vai funcionar em função de Belo Horizonte. Todos os produtores culturais interessados terão um espaço tecnológico e adequado para fazer as suas produções e peças, em qualquer língua”, promete Werner.

 

* Estagiária sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria