Paris Hilton no Congresso americano -  (crédito: Samuel Corum / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)

Paris Hilton no Congresso americano

crédito: Samuel Corum / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

A socialite Paris Hilton participou, nessa quarta-feira (26/6), de um painel que discutia medidas de proteção para o bem-estar infantil, no Congresso americano. A loira, conhecida por ser herdeira da rede de hotéis Hilton, fez um depoimento em que contou que foi abusada física e sexualmente por funcionários de um colégio interno, além de ser obrigada a ingerir medicamentos que, segundo ela, não precisava. 



Paris disse que se sentia em um "sequestro aprovado pelos pais" nos quatro internatos que frequentou. Segundo ela, aos 16 anos, foi tirada da cama durante a noite e levada para um centro de acolhimento, onde sofreu abusos físicos e sexuais. "Esta indústria de U$ 23 bilhões vê esta população (de crianças vulneráveis) como símbolo de dólares e trabalha sem uma supervisão significativa. Não há educação nesses lugares, há bolor e sangue nas paredes", disse aos deputados.



Em outro momento, ela afirmou que ficou presa sozinha e sem roupas. “Fui violentamente contida e arrastada pelos corredores, despida e jogada em confinamento solitário”, afirmou. Hilton chamou a experiência de “isoladora e traumática” e relatou que até suas ligações eram monitoradas para que ela não pudesse revelar seu sofrimento para a família. 



 

 

“É realmente difícil contar a alguém no mundo exterior. Muitas dessas crianças são descredibilizadas porque esses lugares dizem aos pais que estão mentindo e sendo manipulados porque querem ir para casa", apontou.  Paris pediu para que os deputados criassem leis para supervisionar colégios internos e uma declaração de direitos para alunas das instituições. 



Essa não é a primeira vez em que Paris falou sobre o assunto. No documentário “This Is Paris”, de 2020, ela contou que foi enviada para as escolas por ser uma adolescente rebelde. Ela chegou a fugir de duas escolas, quando foi enviada para a instituição de Utah, onde diz ter ocorrido os abusos. Paris disse que, por conta das experiências, sofre de stress pós-traumático. 



"Esses programas prometiam ‘cura, crescimento e apoio’, mas em vez disso não me permitiram falar, me mover livremente ou sequer olhar pela janela durante dois anos", afirmou ao Congresso. "Os meus pais foram completamente enganados — mentiram para mim e foram manipulados por esta indústria com fins lucrativos — por isso só se pode imaginar a experiência dos jovens que não têm ninguém para os controlar.”, disse em outro momento.