Maurício Barros, Rodrigo Suricato, Guto Goffi e Fernando Magalhães avisam que o 
Barão não faz

Maurício Barros, Rodrigo Suricato, Guto Goffi e Fernando Magalhães avisam que o Barão não faz "rock de butique"

crédito: Marcos Hermes/divulgação

Criado em 1981, o Barão Vermelho passou por três formações, tendo Cazuza (1958-1990), Frejat e, mais recentemente, Rodrigo Suricato como vocalistas. No posto desde 2017, Suricato diz que sua missão não é das mais simples.

 
“Há sete anos, éramos vistos como verdadeiros azarões, pois a banda teve dois grandes ícones da música popular brasileira. Então, imagina… Não é tarefa fácil, ainda mais porque o público de rock é bem exigente. Conseguimos sair disso e participamos hoje dos principais festivais do Brasil. É um orgulho imenso”, afirma Suricato.

 

 
Baterista do grupo desde a fundação, há 43 anos, Guto Goffi elogia o colega. “Sinto o Rodrigo muito dentro do Barão, com vontade de se mostrar e de fazer resultados. O público reconhece isso. A atitude dele me motiva a querer dar mais também”, revela.

 

Goffi, de 61 anos, se diz contente por ainda viver do sonho de adolescência. “Fiquei muito feliz de conseguir quebrar a dependência da disponibilidade do Frejat, de ele estar ou não estar a fim (de participar da banda). Agora temos todo mundo remando na mesma direção. O Barão voltou ao mapa do Brasil, lugar de onde nunca deveria ter saído”, comemora.


Rock in Rio

 

 

Atração confirmada do Rock in Rio em setembro, o grupo faz turnê pelo país para comemorar suas quatro décadas. Os companheiros de Suricato e Goffi são Fernando Magalhães (guitarra e violão) e Maurício Barros (teclados e vocais, também integrante da formação original).

 

Neste sábado (29/6), o Barão se apresenta no Mirante Beagá, como parte da programação do festival Rock and Ride.

 

Prometendo “um autêntico e genuíno show de rock”, nas palavras de Rodrigo Suricato, a banda montou repertório de hits (“Por você” e “Bete balanço”, entre outros), além de releituras das músicas de Cazuza e versões acústicas.

 

“Nosso show é sempre pensado com base no público, no que a gente pode dar de prazer para as pessoas”, explica Guto Goffi. “O mineiro é exigente. Então, a gente sabe que quando tocamos aí, temos que caprichar mesmo”, brinca.

 

 

 

Fato curioso, de acordo com os músicos, é a presença cada vez mais forte de jovens nos shows. Na opinião de Suricato, o Barão deixou de ser associado ao som dos mais velhos, enquanto Goffi destaca a qualidade das letras como um dos diferenciais da banda.

 


“O rock do Barão tem esse grito de liberdade, de anticaretice. As letras do Cazuza são coisa do outro mundo, ele foi um cara muito motivado para enxergar o universo mais marginal. O Barão nunca foi um grupo de rock de butique. A gente viveu o rock de verdade, a coisa da contestação”, reforça o baterista.

 

O festival Rock and Ride apresentará também shows das bandas Hurricanes (SP), Ca$H, Tomarock, Maria República e School of Rock. Durante o evento, uma feira de empreendedores locais oferecerá produtos voltados para o mundo do rock. Os chefs André Melo e Paulo Vasconcellos assinarão as atrações gastronômicas do festival.

 

 

FESTIVAL ROCK AND RIDE


Com Barão Vermelho, Hurricanes, Ca$H, Tomarock, Maria República e School of Rock. Neste sábado (29/6), a partir das 15h, no Mirante Beagá (Rua Henriqueto Cardinale, 460, Olhos D'Água). Ingressos: R$ 280 (inteira), R$ 140 (meia) e R$ 70 (promocional), à venda na plataforma Sympla.