As placas da sede do BDMG Cultural, localizada na Rua Bernardo Guimarães, foram retiradas na manhã desta quarta-feira (5/6), em meio à luta de artistas e agentes culturais pela permanência da instituição.
A ação ocorreu por volta das 6h, sem aviso prévio aos funcionários da instituição.
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O futuro do BDMG Cultural é incerto desde o final de abril, quando o Conselho de Administração do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) decidiu, em reunião, dissolver seu braço cultural.
No início de maio, o presidente da Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP), Jefferson da Fonseca, chegou a assumir a gestão do local, mas renunciou ao cargo dez dias depois. Desde então, o BDMG Cultural está sendo presidido interinamente pela diretora financeira Larissa D’Arc, que estava à frente da instituição antes da chegada de Fonseca. Larissa deve permanecer até a nomeação de um novo diretor presidente.
Falta de transparência
O governo ainda não se pronunciou sobre as motivações para a dissolução da instituição e, desde o início do processo, os servidores do banco reclamam da falta de transparência sobre as ações realizadas.
A reportagem apurou que funcionários do banco cedidos ao braço cultural foram avisados que retornarão às suas antigas funções, deixando vagos os postos de coordenação de música, artes visuais e cinema.
Agentes do setor seguem se mobilizando em atos em defesa da permanência da instituição que, desde a sua fundação, em 1988, estabeleceu-se como importante agente no fomento e na divulgação da cultura mineira.
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Procurada pelo Estado de Minas, a assessoria do BDMG Cultural informou que não tem informações e atualizações sobre o futuro das atividades do Instituto. Já a assessoria geral do banco informou, em nota, que "em cumprimento da orientação do Conselho Administrativo do BDMG para dissolução do Instituto Cultural Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais – BDMG Cultural, estão sendo tomadas as medidas administrativas relativas a este processo, sem que haja o prejuízo do andamento das atividades em curso".