Em entrevista ao jornal O Globo, a atriz Débora Falabella revelou que há quase 11 anos é perseguida por uma stalker.
A história começou em 2013, no Rio de Janeiro, quando uma fã entrou no mesmo elevador que Falabella e pediu uma foto. O que era para ser uma situação normal, ganhou ares sinistros quando a atriz passou a receber diversos presentes no camarim, incluindo uma carta com teor sexual.
A stalker não parou por aí. Em 2015, tentou forçar a entrada no camarim da artista no Sesc Copacabana momentos antes da apresentação de uma peça sendo retirada à força por seguranças. E, em 2018, apareceu na primeira fileira de uma peça da atriz em São Paulo.
Nas redes sociais, a mulher criou um grupo com a artista e sua irmã. Por lá, enviou várias mensagens com teor sexual. A stalker também chegou a ir ao apartamento de Falabella com mala no intuito de entrar.
"É algo de que evito falar. Porque tem a minha história e a história dela que, com certeza, tem problemas. Estão cuidando para que seja da melhor forma possível, tanto para mim quanto para ela", afirmou a atriz ao Globo.
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Em 2023, a atriz conseguiu uma medida protetiva que proibia a stalker de entrar em contato com ela por redes sociais, ou outros meios de comunicação, e de frequentar os mesmos lugares, mantendo distância mínima de 500 metros, sob pena de prisão.
Prisão em fevereiro
Sem respeitar a resolução, a stalker foi presa em fevereiro, em Pernambuco, acusada de perseguir a artista. A justiça, contudo, revogou a prisão em abril deste ano após laudo psiquiátrico apresentar diagnóstico de esquizofrenia.
"Nunca tive contato, não a conheço. É essa relação de fã. É ruim. Tem uma perseguição atrás por um trabalho que faço e pelo qual essa pessoa chega até a mim. E tem a vida dela. Ela tem uma família que pode cuidar, tem condições de ser tratada. Espero que seja. Fico com medo, porque nunca se conhece o outro, nunca se sabe o que vai vir. Atinge muita gente, meu núcleo familiar. É chato. Chato por tudo, porque também quero que ela fique bem", acrescentou Falabella.
A atriz está em cartaz no Rio de Janeiro com o monólogo “Prima facie”, de Suzie Miller e direção de Yara de Novaes. No palco, ela interpreta uma advogada criminalista bem-sucedida que defende acusados de assédio, estupro e abuso sexual.