Em 2021, “Sweet Tooth” chegou à Netflix quando o mundo lidava com a COVID-19. Embora a história de crianças híbridas, metade humanas e metade animais, apele para o lado fantasioso da ficção científica, o vírus que dizima boa parte da população dos Estados Unidos pareceu talhado para a realidade imposta pela pandemia. A primeira temporada foi sucesso de público e crítica, alcançando 60 milhões de espectadores.

 

Três anos e duas temporadas depois, o seriado chega ao fim, trazendo respostas para os mistérios propostos em 2021, como a origem do vírus H4G9 (também chamado de Flagelo) e a conexão da doença com o surgimento dos híbridos.

 



 

Gus (Christian Convery), menino-cervo de 10 anos, estrela o seriado inspirado na HQ homônima do canadense Jeff Lemire. No início da trama, o garoto vive isolado com o pai em Yellowstone, protegido daqueles que odeiam híbridos e associam sua existência ao surgimento do Flagelo. Depois, ele se aventura por diferentes regiões dos EUA, faz amigos e inimigos.

 
Após derrotar o General Abbot (Neil Sandilands), líder dos Últimos Homens, grupo caçador de crianças híbridas, Gus se une novamente ao amigo Jepperd (Nonso Anozie) e às irmãs Ursa (Stefania Owen) e Wendy (Naledi Makel Murray) para viajar ao Alasca. Querem encontrar Birdie (Amy Seimetz), a mãe de Gus.

 

 

A história da geneticista Birdie está ligada ao Projeto Sol da Meia-Noite, cujo objetivo é erradicar doenças e aumentar a expectativa de vida na Terra. Quando cientistas descobrem o microorganismo que pode melhorar o sistema imunológico humano, amostras são testadas em galinhas em laboratórios.

 

Birdie descobre batimento cardíaco em um dos ovos, o que deu origem ao garoto Gus, o primeiro híbrido. Quase simultaneamente, um novo vírus passa a dizimar a população dos EUA. A partir dali, todos os bebês nascem misteriosamente híbridas.

 

 

A busca por Birdie no Alasca significa para Gus a possibilidade de ter novamente uma família. Os oito episódios da terceira temporada retratam a jornada perigosa do garoto em um mundo pós-apocalíptico. Além do frio e da fome, ele e sua turma têm de enfrentar Helen Zhang (Rosalind Chao). Embora caricata, Helen ocupa de forma convincente o lugar do General Abott nas duas primeiras temporadas.

 
De maneira singela, embora ocasionalmente um pouco forçada, a terceira leva de episódios amarra as pontas soltas da trama. Embora deixe a desejar na construção de novos personagens, há pontos fortes – como a amizade, a problemática social e a inocência do pequeno Gus – que conferem à série um final que remete a seu início doce e reconfortante.

 

“SWEET TOOTH”


• A terceira temporada, com oito episódios, está disponível na Netflix.


* Estagiária sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria

 

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