Integrantes do Hahaha na Praça Duque de Caxias, em Santa Tereza, onde fica a sede do instituto -  (crédito: Carol Reis/divulgação)

Integrantes do Hahaha na Praça Duque de Caxias, em Santa Tereza, onde fica a sede do instituto

crédito: Carol Reis/divulgação

 

 

Em 2012, surgiu no coração do Bairro Santa Tereza, na Região Leste de BH, um grupo de divertidos e risonhos palhaços que se propunham a alegrar quem necessitava de leveza em meio às atribulações da vida.

 


Inicialmente um trio – Gyuliana Duarte, Eliseu Custódio e Elen Couto –, a iniciativa logo deu origem ao Instituto Hahaha, organização de cunho social formada por artistas circenses e atores que atende hospitais infantis e geriátricos na capital mineira.

 


Neste sábado (6/7) à noite, serão comemorados os 12 anos dessa ação altruísta no “Hahaiá do Hahaha”. Com cortejo e comidas típicas juninas, a festa terá show dos palhaços Mulambo e Risoto e apresentação de dança do grupo Quadrilha Flor D’Chita.

 



 

Ao abrir as portas da sede, no antigo Ideal Clube Teatro Escola de Santa Tereza, fundado em 1947, o grupo propõe uma celebração conjunta com a cidade.

 

“A gente realiza o cortejo junino desde 2015 nos hospitais. Nosso objetivo é levar as festas populares que movimentam BH para dentro desses espaços. Agora, além de ter visitado hospitais, vamos comemorar com o público externo pela primeira vez”, explica Gyuliana Duarte.

 

 

 


Ao longo de 12 anos, os palhaços visitaram duas vezes por semana os hospitais das Clínicas, da Baleia, João XXIII, João Paulo II e Paulo de Tarso. “É uma luta gerar e captar recursos para escrever e conseguir executar os projetos da melhor forma possível, mantendo a qualidade e o profissionalismo”, afirma a fundadora do Hahaha.

 

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O cronograma das comemorações segue até novembro. Em 20 de julho, às 19h, será aberta a exposição “A arte do encontro”, com trabalhos da fotógrafa Carol Reis. As imagens mostram as atividades dos integrantes do Hahaha desde 2012.

 


“São tantas fotos lindas, que marcam momentos únicos nos hospitais. As visitas dos palhaços são baseadas no tempo real. O trabalho de improvisação é natural, ou seja, cada encontro que se estabelece é uma única dramaturgia”, diz Gyuliana Duarte.

 


Além das fotos, pinturas registram a passagem do tempo. “Cada artista plástico fez uma obra que corresponde a um ano da história do instituto. São 10 quadros, porque pensamos na comemoração de uma década, mas só estamos conseguindo fazer o lançamento agora”, explica.

 


Também no dia 20, grupo lança o livro “Viva – Minha história virou arte”, que registra o processo criativo da peça “Viva!”, escrita pelo palhaço Nereu Afonso da Silva, de São Paulo.

 


O documentário “Rir é resistir” estreia em 18 de agosto, às 16h30, no Cine Santa Tereza. “Ele conta os momentos que acontecem dentro dos hospitais e das Ilpis (Instituições de Longa Permanência para Idosos), mostrando a perspectiva dos pacientes, residentes, acompanhantes e profissionais da saúde. A narrativa transporta o espectador para dentro daquele universo”, adianta Gyuliana Duarte.

 


De acordo com ela, a missão do Instituto Hahaha continua desafiadora depois de 12 anos. “Temos vontade de expandir nossa ação para mais instituições aqui em Belo Horizonte. Queremos levar arte e cultura às pessoas privadas (de liberdade). É um direito de todos”, conclui.


“HAHAIÁ DO HAHAHA”


Neste sábado (6/7), às 19h, na sede do Instituto Hahaha (Rua Estrela do Sul, 126, Santa Tereza). Entrada franca. Programação completa: www.institutohahaha.org.br

 

* Estagiária sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria