Obras de Felipe Barbosa expostas em Belo Horizonte levam o esporte para novos universos -  (crédito: Felipe Barbosa/divulgação)

Obras de Felipe Barbosa expostas em Belo Horizonte levam o esporte para novos universos

crédito: Felipe Barbosa/divulgação

 

 

Em sintonia com o clima trazido pela aproximação da abertura da Olimpíada de Paris, em 26 de julho, a exposição "Playground", do artista carioca Felipe Barbosa, será aberta nesta quarta-feira (17/7), no Centro Cultural Unimed-BH Minas.

 


Com 18 obras, a mostra inédita pretende revelar ao público a presença da arte em materiais esportivos.
Em "Playground", Felipe Barbosa apresenta visão singular sobre equipamentos esportivos, explorando novos usos e interpretações para objetos familiares a todos.

 

 


O artista explica que a exposição é um recorte curatorial de sua produção ao longo dos últimos 20 anos. As obras, que dialogam várias modalidades do esporte, datam de 2004 até 2024.

 


A exposição oferece uma perspectiva sobre os paralelos possíveis entre arte e esporte. Mestre pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Felipe Barbosa pesquisa há mais de duas décadas a relação entre esses dois mundos, tendo recebido orientação de Carlos Zilio. Atualmente, ele faz doutorado em arte contemporânea na Universidade de Coimbra, em Portugal.

 


"Tanto o esporte quanto a arte são necessidades quase espirituais. Não é uma coisa fisiológica. Dentro das sociedades, ambos passam a ser uma necessidade para a evolução humana. Todo mundo pratica arte e esporte em algum momento da vida, mesmo que seja de forma amadora. Eu tento pensar essas relações", explica Felipe.

 


Os primeiros trabalhos dele no mundo do esporte foram feitos com bolas de futebol abertas e recosturadas. Nessas peças, ele brinca com o formato dos hexágonos transformando um objeto tridimensional em painéis.

 


Com o tempo, outros materiais e outros esportes entraram na pesquisa. Felipe Barbosa passou a se apropriar de equipamentos utilizados em diferentes esportes, como ciclismo, golfe, basquete, tênis, tênis de mesa, sinuca e judô. Ele transforma objetos, explorando as possibilidades artísticas de formas e cores dos materiais.

 

Vivências lúdicas

 

“O sentido maior é transformar um material cotidiano, um objeto conhecido, e dar a ele outra forma, outra função. Aquele material que você já conhece sendo apresentado de uma forma inusitada, inesperada, faz você refletir sobre a própria natureza dos materiais”, explica o artista.

 

Leia também: Pimpa, personagem do artista italiano Altan, é tema de exposição na Casa Fiat


De acordo com Felipe Barbosa, a exposição deixa um espaço interessante para a imaginação do espectador, permitindo que cada um crie sua própria relação com a obra e o entendimento do trabalho, trazendo novos significados a partir de vivências pessoais.


“Nós optamos por manter a galeria toda aberta. Então, quando você entra, o salão se transforma em playground. A exposição tem um aspecto muito lúdico de percurso. Você chega à galeria e tem a visão ampla da exposição, mas é importante se aproximar de cada obra para poder ver o material. Inicialmente, quando o público vê as esculturas, não necessariamente identifica do que ela é feita. É um trabalho que exige de quem o observa o movimento de aproximação e distanciamento”, comenta Felipe.

 


“PLAYGROUND”


Exposição de Felipe Barbosa. Na Galeria do Centro Cultural Unimed BH-Minas (Rua da Bahia, 2.244 – Lourdes). Abertura nesta quarta-feira (17/7). Visitação até 1º de setembro, de terça a sábado, das 10h às 20h, e domingos e feriados, das 11h às 19h. Entrada gratuita, sem retirada de ingressos.