Forfun chega a Belo Horizonte neste sábado (20/7) para fazer o show que marca o reencontro da banda após hiato de nove anos. Danilo Cutrim (voz e guitarra), Vitor Isensee (teclados, guitarra e vocal), Nicolas Fassano (bateria) e Rodrigo Costa (baixo e vocal) prometem repertório com canções que marcaram a trajetória do grupo.

 


Atração do BeFly Hall, o quarteto está de volta para celebrar a própria história, afirma Vitor Isensee. “A banda durou 15 anos, de 2001 até o final 2015, quando fizemos o último show. Quando terminamos, não tínhamos a intenção de apenas dar um tempo. Deixamos em aberto, mas confesso que a maior parte do grupo não pretendia voltar”, revela.

 



 


Por muito tempo, “a coisa ficou adormecida”, diz ele, embora chegassem propostas de shows. “Não era o momento, todos nós estávamos com outros trabalhos. Eu, Danilo e Nicolas fundamos a Braza, em 2016. Tocamos bastante no Brasil inteiro, em grandes festivais como Lollapalooza e Rock in Rio. Esta banda realmente aconteceu.”

 

 

Milagre

 

Paralelamente, o quarteto se dedicou às respectivas carreiras solo. “Estava todo mundo tocando a vida, sem intenção de reavivar o Forfun. Porém, o tempo opera milagres”, diz o tecladista. O “santo” milagreiro foi a proposta da produtora 30e.

 


“Sentimos que talvez fosse o momento. Não foi premeditado, todos descobriram que existia a vontade de estar junto”, ressalta Vitor. “Dinheiro conta também, mas, felizmente, ninguém estava passando perrengue”, garante.

 


“Sem demagogia, há uma vontade de celebrar a nossa obra. Modéstia à parte, há uma geração no Brasil que foi impactada (pela banda). Acho importante manter isso vivo e trazer para este momento, mesmo sendo músicas compostas há 20 anos.”

 

 


Mesclando rock, reggae e hardcore, o grupo lançou cinco álbuns – entre eles, “Polisenso”, “Alegria compartilhada” e “Nu”.

 


Vitor conta que a banda continua mantendo o hábito de não rearranjar músicas para shows. “Gostamos de tocar parecido com o que está no disco. É óbvio que há margem para alguma improvisação, é legal. Mas mudar a melodia, jamais. Para não dizer que não há nada rearranjado, a gente faz um número acústico, em formato mais intimista. Damos pausa no show, fazemos um pot-pourri: Danilo ao violão, eu no piano elétrico, o saxofonista vai para a flauta, o baterista para a percussão.”

 


Recentemente, o grupo se apresentou em Florianópolis, Vitória e Brasília. “BH é uma praça com a qual temos grande ligação. A gente fez muitos shows independentes na cidade, além de vários festivais”, diz o tecladista. “BH é uma efervescência musical”, afirma.

 


O plano é levar a turnê até 23 de novembro e encerrá-la no Engenhão, no Rio de Janeiro. “A ideia é chegarmos até novembro e nos despedirmos”, garante. “Também não é para deixar a porta fechada e dizer nunca mais. Se for acontecer algum dia, será daqui a alguns anos”, admite.

 


De acordo com Vitor, o retorno do Forfun não é projeto caça níquel. “Ficar na superficialidade não é o nosso caso, vide a turnê dos Titãs e a despedida do Skank. A coisa é muito séria”, conclui.

 

FORFUN


Show neste sábado (20/7), às 22h, no BeFly Hall (Avenida Nossa Senhora do Carmo, 230, Savassi). Ingressos: de 75 (meia-entrada) a R$ 950 (Hot Sound Nós/inteira). À venda na plataforma Eventim.

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