Florbela Espanca (1894-1930) foi a primeira mulher em língua portuguesa a declarar-se poeticamente em estado de cio
 -  (crédito: Reprodução/Internet)

Florbela Espanca (1894-1930) foi a primeira mulher em língua portuguesa a declarar-se poeticamente em estado de cio

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A poetisa Florbela Espanca (1894-1930), um dos mais importantes nomes da literatura portuguesa do século 20, é a homenageada do projeto Letra em Cena desta terça-feira (6/8), às 19h, no Centro Cultural Unimed-BH Minas (Rua da Bahia, 2.244 – Lourdes).

 

 

Autora de apenas duas antologias em sua breve vida de 36 anos – outros três livros só foram publicados após a sua morte –, a obra de Florbela será analisada pela professora aposentada da Universidade Federal de Sergipe, a poeta Maria Lúcia Dal Farra, considerada referência internacional na obra da escritora portuguesa.

 

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Segundo Dal Farra, Florbela foi injustiçada durante décadas por causa de sua ousadia. “Foi a primeira mulher em língua portuguesa a declarar-se poeticamente em estado de cio. Acho que isso é, pelo menos, o mínimo para que possamos nos interessar por sua obra”, declarou a professora.

 

Preconceito e admiração

 

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Suas publicações foram marcadas por temas como amor, erotismo e feminilidade. Além da intensa produção poética, a autora escreveu contos, traduziu obras literárias e colaborou com revistas femininas.

 

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A poetisa do Alentejo provocou, em sua época, olhares de desconfiança e preconceito da crítica, mas conquistou a admiração de seus pares.  Fernando Pessoa a descreveu como “alma sonhadora/irmã gêmea da minha!”. Ingressos gratuitos, com retirada na plataforma Sympla.