O escritor amazonense Márcio Souza morreu na madrugada desta segunda-feira (12/8), aos 78 anos. Segundo informações divulgadas pelo jornal manauara A Crítica, Márcio, que sofria de diabetes, foi vítima de um infarto e chegou a receber atendimento médico, sem sucesso.
O Governador do Amazonas, Wilson Lima, decretou luto oficial de três dias. “Lamento profundamente a morte do escritor amazonense Márcio Souza, um dos grandes nomes da cultura do nosso estado (...) Que Deus o receba com glórias e conforte os corações de todos”, declarou.
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A perda do autor também foi lamentada pela Academia Amazonense de Letras, da qual Márcio Souza era membro. A instituição divulgou nota de pesar na manhã de hoje. “A Academia Amazonense de Letras lamenta o falecimento do Acadêmico Márcio Gonçalves Bentes de Souza. Que nesse momento de tristeza e luto haja paz, conforto, coragem e amor. Nossos sentimentos.”
Trajetória
Nascido em 1946 em Manaus, Márcio Souza iniciou a carreira literária ainda jovem, aos 14 anos, escrevendo críticas de cinema para jornais locais. Aos 17, mudou-se para São Paulo para estudar Ciências Sociais na Universidade de São Paulo (USP), onde começou a desenvolver roteiros e a atuar como assistente de produção e direção na Boca do Lixo. Em 1967, publicou o primeiro livro, "O mostrador de sombras".
Souza ganhou destaque por obras que abordam aspectos sociais da Amazônia. Entre seus trabalhos mais reconhecidos estão "Galvez, o imperador do Acre", "A caligrafia de Deus", e "Mad Maria", que foi adaptado para uma minissérie de sucesso pela TV Globo em 2005.
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Além da carreira literária, Márcio Souza também foi cineasta, tendo dirigido o filme "A selva", e dramaturgo, sendo um dos nomes de destaque no Teatro Experimental do Sesc na década de 1970. Ele também exerceu funções administrativas importantes, como diretor da Biblioteca Nacional e presidente da Funarte.