Guilherme D’Almeida, Biel Basile e Tim Bernardes querem se se dedicar a projetos pessoais depois do fim da atual turnê,  que vai a Portugal e ao Japão até novembro  -  (crédito: Pedro Maciel/divulgação)

Guilherme D’Almeida, Biel Basile e Tim Bernardes querem se se dedicar a projetos pessoais depois do fim da atual turnê, que vai a Portugal e ao Japão até novembro

crédito: Pedro Maciel/divulgação

 


“Não tem nenhum lugar que eu goste mais do que as montanhas de Minas Gerais”, canta Tim Bernardes na oitava faixa do disco “Melhor do que parece”, lançado por ele em 2016 em parceria com sua banda O Terno.

 


O grupo, fundado em 2009 e composto por Tim e os amigos Guilherme D’Almeida e Biel Basile, tem quatro discos lançados. O último deles, “Atrás/além” teve a turnê de divulgação interrompida pela pandemia de COVID-19. Depois de quatro anos longe dos palcos, o trio anunciou turnê de encerramento de divulgação do disco e que também pode ser o fim do Terno.

 

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“São os shows de despedida antes de voltarmos aos nossos projetos e O Terno retornar para um hiato por tempo indeterminado”, divulgaram os músicos em comunicado nas redes sociais após o início da turnê.

 


Os mineiros terão a última chance de assistir a um show da banda nesta quinta-feira (29/8), às 21h, no BeFly Hall (antigo Arena Hall). Vale lembrar que a apresentação estava marcada para abril, mas foi adiada após o baterista do grupo, Biel Basile, contrair dengue.


“A gente sentiu que esse processo do ‘atrás/além’ tinha sido interrompido. É um disco que a gente fez com tanto cuidado, com tanto esmero, tão artesanalmente, mas, na época, não conseguimos fazer a quantidade de shows que a gente gostaria. Desde lá, sempre alimentamos essa ideia de em algum momento fazer esses shows”, afirma Basile.


Com 12 faixas, as letras do projeto falam sobre o salto de emancipação do final da juventude e a construção do próprio destino, já na vida adulta. “É um disco sobre busca interna, sobre o encerramento de uma fase da vida. Ali eu estava compondo me usando como cobaia, mas acho que é uma coisa que se encaixa muito na vida das pessoas”, avalia Tim Bernardes ao comentar a grande identificação do público com as músicas do disco.

 


A adesão do público à volta foi imediata e teve os ingressos disputados. Apesar da procura alta, a turnê tem um número de apresentações reduzido. Apenas cinco capitais do país entraram na rota da banda, que também passou pelos Estados Unidos e encerra a turnê em novembro passando por Japão e Portugal.

 

Projeto solo

 

“Desde o início, a gente tinha essa ideia de ter menos datas para fazer shows maiores. A vontade de fazer em muitas cidades é grande, mas a gente teve que parar pra entender como isso seria viável com o tempo e a estrutura que a gente tem”, explica Tim.


Com mais de duas horas de duração, o repertório, interpretado por Tim, Biel e Gui, não se restringe às músicas do “Atrás/além”. É um show de carreira. O penúltimo disco da banda, o já citado “Melhor do que parece”, também será inteiramente contemplado e faixas mais antigas como “Ai, ai, como eu me iludo” e “Morto” marcarão presença.


“É uma coisa meio ritualística. O show é para ser uma festa a gente montou (a setlist) pensando no que os fãs gostariam de ver, sem muita miséria”, afirma Tim Bernardes.


Depois do encerramento, o futuro do Terno ainda é indefinido. “Por ora, agora cada um volta para os seus projetos pessoais. Não temos um plano, só o tempo dirá”, finaliza o vocalista.


O TERNO
Encerramento da turnê “Atrás/além”, nesta quinta-feira (29/8), às 21h, no BeFly Hall (Av. Nossa Sra. do Carmo, 230 – Savassi). Ingressos: R$ 170 (pista, inteira) e R$ 150 (arquibancada, inteira), à venda pelo Sympla.