Paolla Oliveira em BH -  (crédito: EM / DA Press)

Paolla Oliveira em BH

crédito: EM / DA Press

O Boulevard Shopping, em Belo Horizonte, parou para ver a atriz Paolla Oliveira, mesmo que fosse rapidinho. A atriz esteve na capital mineira neste sábado (31/8) para a inauguração de uma loja física da Kiko Milano, marca da qual é embaixadora. Nos corredores, os fãs faziam fila para ver a estrela. 

 

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O carinho com a atriz contrasta com o hate que ela recebeu recentemente por conta da sua forma física. Ela garante que as críticas não a afetaram, mas lamenta os comentários tóxicos que podem ser prejudiciais para as mulheres. “Eu comecei a me perguntar ‘em que momento a gente se livrar disso?’ e a gente chega à conclusão que não se livra. As mulheres estão sujeitas a serem apontadas. A gente é que tem que deixar a nossa confiança e a nossa autoestima fortes o suficiente para que ninguém possa nos abalar”, declarou.


 

Ao Estado de Minas, Paolla contou que é apaixonada por maquiagem e que sempre carrega uma necessaire recheada de produtos para realçar ainda mais sua beleza. “Não me peçam para escolher uma coisa que eu não consigo, mas acho que tem coisas que são mais básicas, né? Um bom corretivo, um bom rímel à prova d'água e um batom com uma cor assim neutra que a gente consegue dar aquele truque, usar ele em mais de um lugar e criar uma maquiagem”, contou.

 

 

A seguir, confira a entrevista: 


Estado de Minas: Paolla, a gente está aqui hoje para falar de maquiagem, né? O que não pode faltar na sua necessaire? 


Paolla Oliveira: Ai, tem muita coisa. Não é necessaire, é grande. Não me peçam uma coisa que eu não consigo, mas acho que tem coisas que são mais básicas, né? Um bom corretivo, eu também fiquei muito apaixonada pela base que eles [Kiko Milano] têm que é dois em um, maravilhosa, levinha, fácil de passar, com certeza já vai ser um item que não vai faltar na minha necessaire; um bom rímel à prova d'água que eu amo; e um batom com uma cor assim neutra que a gente consegue dar aquele truque, usar ele em mais de um lugar e criar uma maquiagem. Esse é o mínimo. Mas normalmente eu tenho mais coisa. 


EM: Paola, a gente sabe que você é considerada uma das mulheres mais bonitas do Brasil…


PO: Imagina, é gentileza de vocês. 


EM: Mas é mesmo. A gente tá aqui babando por você. A gente quer saber como é a relação com a sua autoestima? Como você constrói isso? 


PO: Como toda mulher, nossa autoestima é muito baseada não nos nossos próprios desejos, nas nossas próprias vontades, no que a gente acha bonito na gente, é sempre pautada no que tem fora, ainda mais agora com a coisa da internet. Então, a minha também vem sendo construída. Eu tive altos e baixos, tive muitos baixos. Ainda mais que eu comecei a minha carreira muito exposta, então eu tive muitos momentos de insegurança de não me achar bonita o suficiente, de olhar para o lado e querer sempre o que estava fora e não valorizava o que estava em mim, mas eu eu acho que eu consegui mudar aos poucos isso. Com ajuda também de outras mulheres, com ajuda da internet, de todo o assunto feminino e feminista que tem sido falado. Hoje em dia eu sou bem mais confiante, mais feliz comigo, com quem eu sou, com as minhas imperfeições. 


EM: Esse ano a gente sabe que você foi alvo de muitas críticas. Você falou aí da internet, que foi esse lugar em que criticaram o seu corpo e falaram sobre o seu peso. Como você lidou com isso? E como está essa questão hoje? 

 

PO: Na verdade, as críticas a mim… eu já estou um pouco mais escolada, eu já aprendi um pouco a passar por isso, né? São alguns anos passando por isso. Mas o que me chamou atenção é que, se eu, que sou privilegiada, tenho condições e tenho acesso a tanta outras coisas que outras mulheres não tem, que tem um corpo que às vezes é considerado tão padrão e às vezes é considerado é tão fora dele a ponto de se apontado, de ter hate ou qualquer coisa assim, como será a vida das outras mulheres? Ninguém está livre disso. Quando eu comecei a falar mais sobre isso e me expor mais sobre isso. Foi assim: ‘Em que momento a gente se livrar disso’ e a gente chega à conclusão que não se livra. Não é porque eu tenho os meus privilégios ou porque as pessoas falam ‘Ah, mas é é famosa’ ou é atriz ou qualquer privilégio que seja.  As mulheres todas estão sujeitas a sermos apontadas. A gente é que tem que deixar a nossa confiança e a nossa autoestima forte o suficiente para que ninguém possa abalar ela.