“Não gosto de climão em show. Sou um artista popular. Gosto do público indo para casa feliz, escutando o que queria escutar”, afirma Samuel Rosa. Já de pronto, o cantor e compositor dá a tônica da noite deste sábado (17/8), no BeFly Hall – e desfaz qualquer dúvida sobre o repertório do show de lançamento, em Belo Horizonte, de seu primeiro álbum solo, “Rosa”.
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Lançado há quase dois meses, o disco é quase todo desfiado em cena – o repertório traz sete das 10 canções de “Rosa”. “Os fãs mais ardorosos estão cantando muita coisa do novo disco”, diz Samuel, que já apresentou a nova turnê em São Paulo (quando teve Jorge Benjor na plateia) e no Rio de Janeiro (Milton Nascimento foi vê-lo em cena).
“Acho que elas (as novas canções) entraram bem, sem nenhum tipo de estranheza. Mas hoje a gente compete com uma porção de coisas”, comenta. Além do single “Segue o jogo”, ele sente que as músicas novas mais cantadas, até agora, são “Me dê você”, “Ciranda seca (Dinorah)” e “Rio dentro do mar”.
“’Rosa’ é um disco muito palatável, não é um baita rompimento (em relação ao que ele fez antes). Acho que ele e ‘Calango’ (1994) são os que têm músicas mais radiofônicas. Agora, são momentos diferentes. No primeiro, eu tinha 26 anos; no outro, 57. Fui um compositor versátil dentro dos 30 anos (do Skank). Seria até imaturidade eu, agora, buscar compulsivamente uma mudança”, diz Samuel.
Hits do Skank
É claro que o novo show tem muita música do Skank também. Além dos hits “Resposta”, “Dois rios”, “Vou deixar”, “Ainda gosto dela” e “Garota nacional”, Samuel tirou da cartola “Tanto” (versão de Chico Amaral para “I want you”, de Bob Dylan, gravada pela banda em seu primeiro disco, “Skank”, de 1992) e “Canção noturna” (música de Lelo Zaneti e letra de Chico Amaral, lado B do ótimo “Maquinarama”, de 2000).
“É diferente, mas não é novo”, responde Samuel, quando questionado sobre executar canções do Skank com outra banda. “Toco minhas músicas sem o Skank desde 1999 (quando fez a primeira turnê com Lô Borges). Não quis inventar a roda nem procurei desculpa para tocar minhas músicas”, acrescenta.
Em cena, Samuel toca com a banda formada por Doca Rolim (por duas décadas guitarrista de apoio do Skank); Alexandre “Boi” Mourão (baixista, que formou nos anos 1980 o Pouso Alto, primeiro banda de Samuel); Pedro Kremer (tecladista da Cachorro Grande, que está de volta para uma turnê de 25 anos); e Marcelo Dai (baterista de BH, também cantor e percussionista, o caçula da trupe, que, com maestria nas baquetas e um sorriso que não sai do rosto, se agiganta em cena).
Há ainda um trio de metais, formado por Pedro Aristides (trombone), Vinícius Augustus (saxofone) e Pedro Mota (trompete) – os dois primeiros também são herança dos tempos do Skank.
Samuel vem tocando com a nova banda nos últimos cinco anos. A turnê de “Rosa” traz cenário baseado no projeto gráfico do disco. “Teve (em São Paulo, em 2/8) aquela tensão da estreia. Mas, ainda que fosse o Skank, teria também, pois é um trabalho novo. Houve o nervosismo inicial, mesmo que a gente tenha ensaiado bastante. Como Belo Horizonte vai ser a terceira cidade, a gente vai estar mais relaxado.” Ainda mais tocando em casa – que será cheia, diga-se. Dois setores estão esgotados.
SAMUEL ROSA
Show neste sábado (17/8), às 22h, no BeFly Hall (Avenida Nossa Senhora do Carmo, 230, Savassi). Ingressos: Cadeira Premium: a partir de R$ 150. Demais setores esgotados. À venda no Sympla.
No palco e na TV
Enquanto Samuel Rosa estiver fazendo show em Belo Horizonte, ele também vai estar na TV. É uma das atrações do “Altas horas” deste sábado (17/8), a partir das 22h25, na Globo. Serginho Groisman também vai receber o grupo Raça Negra e as medalhistas olímpicas Rebeca Andrade, Bia Souza, Flávia Saraiva e Larissa Pimenta.
SAMUEL ROSA
Show neste sábado (17/8), às 22h, no BeFly Hall (Avenida Nossa Senhora do Carmo, 230, Savassi). Ingressos: Cadeira Premium: a partir de R$ 150. Demais setores esgotados. À venda no sympla.com.br