Lenine e Marcos Suzano realizaram o show mais aguardado deste domingo (25/8) na Virada Cultural de BH. Uma das poucas atrações de fora do estado nesta edição do evento, a dupla formada pelo cantor pernambucano e o percussionista carioca começou a atrair o público para o Palco Fecomércio, no Parque Municipal, uma hora antes do horário programado para a apresentação, enquanto fazia a passagem de som.
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Antes deles, o palco foi comandado pela multi-instrumentista e compositora Nath Rodrigues, natural de Sabará. Acompanhada pelos músicos Acauã Ranne, Lucas de Melo, Amanda Barbosa e Lucas de Moura, Nath apresentou um repertório baseado em seu disco “Fio”, lançado em 2022. A artista, que cantou em português, espanhol e francês, descreveu o próprio show como uma viagem por diferentes idiomas, fonemas e sonoridades. Ela também fez releituras de canções de Riff Cohen e Leila Pinheiro.
Lenine e Marcos Suzano começaram o show com dez minutos de atraso. Os artistas subiram ao palco depois de serem apresentados pelo mestre de cerimônia e produtor de acessibilidade Davi César. Durante a apresentação, a temperatura já estava bem mais amena, em comparação com as outras apresentações do dia.
O show comemora os trinta anos de lançamento do álbum “Olho de Peixe”, que projetou nacionalmente Lenine e Marcos Suzano. Durante a apresentação, Lenine ficou a cargo da voz e do violão, enquanto Marcos Suzano trouxe o batuque do pandeiro para o Parque Municipal. Os dois foram acompanhados por Gabriel Policarpo, Nega Deza, Raquel Coutinho e Jovi Joviniano na percussão e Carlos Malta na flauta.
“Revistar esse repertório é esse trabalho é motivo de muito orgulho para nós. Trinta anos depois essa criança continua jovem. Vamos fazer um show com sabor de festa e celebração. Sejam bem-vindos”, disse Lenine depois de abrir o show com “Acredite ou não”. O artista emendou a fala na performance de “O último pôr do sol”.
Esta é a segunda vez que os músicos revisitam o repertório do disco em celebração às três décadas de história. A primeira ocorreu em janeiro deste ano, no Rio.
Por volta da quinta música as luzes do palco se abaixaram. Foi a vez de Lenine cantar “O que é bonito”, em formato voz e violão com a ajuda do coro do público. O artista fez o público dançar com música que celebra sua terra natal, “Leão do Norte”.
Lenine cantou o repertório de “Olho de peixe” todo na ordem das faixas do álbum. No final da última música, anunciou que a partir dali iria começar com o repertório de seu disco subsequente, “O dia em que faremos contato”. “Essa maratona merece vida longa. Um dia ocupado pela música e pela cultura eu acho foda e eu tô junto”, comemorou.
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A gestora administrativa Ana Claudia Pereira, de 34 anos, estava na grade para prestigiar a apresentação de Lenine. “Acho a Virada incrível. É um evento que traz uma visibilidade muito grande pra cidade. Estou achando a estrutura bacana; consegui todas as informações que precisava pelo Instagram. Também achei legal que limitaram o valor da alimentação este ano”, disse, se referindo à iniciativa do Viradão Gastronômico, que tabelou as refeições em um valor máximo de R$ 20.
Ana também tem uma sugestão de melhoria para a próxima edição do evento: “Eu gostaria que a programação contasse com mais artistas de peso, artistas mais antigos, para que eles possam se misturar com os artistas novos da cidade”, observou.
Com lotação máxima de 7 mil pessoas no Parque Municipal, Lenine finalizou a apresentação ovacionado pelo público ao som de “A ponte”.