Black Pantera é formada pelos irmãos Charles Gama (voz e guitarra), Chaene Gama (backing vocal e baixo) e Rodrigo ‘Pancho’ (bateria) -  (crédito: Rede de Noticias)

Black Pantera é formada pelos irmãos Charles Gama (voz e guitarra), Chaene Gama (backing vocal e baixo) e Rodrigo ‘Pancho’ (bateria)

crédito: Rede de Noticias

A banda de Uberaba, Black Pantera, vai voltar a tocar no Rock in Rio. A exemplo de 2022, o trio de crossover (mistura de vários estilos musicais) se apresentará no famoso festival, desta vez no Palco Supernova, no dia 15 de setembro.

 

Em 2 de setembro de 2022, a banda inaugurou o Palco Sunset, no primeiro dia do Rock in Rio daquele ano, no Dia do Metal.

 

O novo show dos dois irmãos Charles Gama (voz e guitarra) e Chaene Gama (backing vocal e baixo), além de Rodrigo ‘Pancho’ (bateria), está focado no quarto álbum da banda, intitulado Perpétuo, lançado no final de maio deste ano.

 

 

Os outros três álbuns da banda, criada em 2014, são: Project Black Pantera (2015), Agressão (2018) e Ascensão (2022).

 

Capa do álbum Perpétuo, o quarto da banda Black Pantera

Capa do álbum Perpétuo, o quarto da banda Black Pantera

Marcos Hermes com arte de Pedro Hansen

 

“A novidade do nosso atual show são as músicas do disco Perpétuo. Nossas apresentações atuais têm uma nova dinâmica; estamos cada vez mais interagindo com o público”, contou o baterista Rodrigo Pancho.

 

 

 

O nome da banda foi inspirado no partido revolucionário norte-americano Panteras Negras, criado em 1966 para lutar contra o racismo nos EUA.

 

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Além de festivais em várias partes do Brasil, o trio já se apresentou na França, nos Estados Unidos e na Colômbia.

 

Novos elementos musicais

 

O quarto álbum do Black Pantera, intitulado Perpétuo, apresenta novos elementos musicais. De acordo com o baixista Chaene, apesar das inovações, o álbum não perdeu a originalidade da banda. “Os estilos punk, thrash e hardcore continuam presentes. Há influência de rap e hip hop, momentos de maracatu, e também trazemos a questão da ancestralidade africana através da percussão e de algumas músicas muito tribais. Conseguimos incorporar tudo isso no disco”, ressaltou.

 

'Afrolatinos'

 

Uma viagem ao Chile, onde tocaram no Festival Rockdromo, fez com que os músicos mineiros voltassem os olhos para a música latina. “Lá em Valparaíso, vendo tantas bandas de países vizinhos com tanto orgulho e personalidade, passamos a perceber a importância de entendermos o contexto no qual estamos inseridos. Desde nosso show por lá, o termo 'afrolatino' não saiu mais da minha cabeça. Falo isso porque a gente sempre olha para outros continentes e não enxerga a arte, a história e a cultura sul-americana. E essa música faz parte do processo de nos entendermos como homens negros na América Latina. Esse também é um dos conceitos principais deste disco”, pontuou Chaene.

 

Conceito da capa

 

A capa do álbum Perpétuo foi inspirada em um registro histórico dos Panteras Negras em frente ao Tribunal de Oakland, na Califórnia (EUA), ocorrido em 30 de julho de 1968.

 

Fundado por Bobby Seale e Huey Newton em outubro de 1966, o partido dos Panteras Negras ficou conhecido pelos movimentos em prol dos direitos civis da comunidade negra, com suas principais influências provenientes de Frantz Fanon e Karl Marx, se opondo ao capitalismo e valorizando medidas sociais.