Nas telas, páginas e palcos, a história da jovem explorada pela madrasta cruel e meias-irmãs invejosas continua encantando, três séculos depois do lançamento de sua versão mais conhecida.
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Em 1697, o francês Charles Perrault reuniu em um livro vários contos populares, entre eles o de Cinderella. Em 1940, o compositor russo Sergei Prokofiev começou a compor a música do famoso balé, cuja estreia ocorreu no Teatro Bolshoi, em Moscou, em 1945.
A mineira Maria Eduarda Cabral dará vida a esta personagem na próxima segunda-feira (9/9), no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes.
A montagem da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, que chega no domingo (8/9) a BH, tem coreografia assinada por William Almeida.
“Durante o período de isolamento pela COVID-19, estudei mais a história e pensei em maneiras de criar um desfecho diferente”, conta William Almeida. “O espetáculo tem a mesma narrativa que conhecemos, mas com outros personagens e referências da cidade de Joinville, em Santa Catarina, onde nasci e a escola de balé está localizada”, afirma o coreógrafo.
Por causa do clima, moradores da cidade catarinense não saem de casa sem guarda-chuva. Incorporado ao espetáculo, o objeto virou a varinha de condão com que o mago ajuda Cinderella a se transformar na bela garota que vai ao baile da realeza.
“Existe a história base, mas no balé temos um pouco de liberdade criativa. No livro, existe a fada madrinha, mas trouxemos a figura do mago para representar a personagem. Além disso, criamos um fim bem diferente do conto original”, adianta o coreógrafo.
Domingo (8/9), Giulia Mazzei viverá Cinderella. Na segunda-feira (9/9), a protagonista será Maria Eduarda Cabral, de 17 anos, natural de Governador Valadares. Aos 10, esta mineira se mudou para Santa Catarina com o objetivo de estudar na Escola Bolshoi.
“Foi muito emocionante chegar ao papel principal, ainda mais quando vi que estrearia no meu estado”, conta Maria Eduarda. Minha família vai me ver dançando pela primeira vez desde que me mudei. É gratificante.”
“CINDERELLA”
Domingo (8/9), às 19h, e segunda-feira (9/9), às 20h, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes(Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro). Ingressos para plateia superior: R$ 42,36 (inteira) e R$ 21,28 (meia). Plateias 1 e 2 esgotadas. Vendas on-line na plataforma Eventim.
* Estagiária sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria
OUTRAS ATRAÇÕES
>>>CLARICE NISKIER
Neste sábado (7/9), às 18h e às 21h, a atriz Clarice Niskier sobe ao palco do Cine Theatro Brasil Vallourec (Praça Sete, Centro) com a peça “A alma imoral”. Baseado no livro homônimo de Nilton Bonder, o monólogo reconstrói conceitos fundamentais que permeiam a história da civilização. Os ingressos custam R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia), à venda na plataforma Eventim.
>>>“CAPITÃO FRACASSO”
Inspirada no livro homônimo do francês Théophile Gautier, “Capitão Fracasso” acompanha percalços enfrentados por uma trupe mambembe e discute a importância do teatro. Escrita e dirigida por Luiz Paixão, a peça terá sessão domingo (8/9), às 17h, no Centro Cultural Unimed-BH Minas (Rua da Bahia, 2.244, Lourdes). Ingressos: R$ 90 (inteira) e R$ 45 (meia), à venda na plataforma Sympla e na bilheteria.
>>>ELEFANTEATRO
“Elefanteatro”, espetáculo de rua do grupo Pigmalião Escultura que Mexe, será atração de domingo (8/9), às 10h30, no Parque Ecológico da Pampulha (Av. Otacílio Negrão de Lima, 6.061, Pampulha). Feito com restos de embalagens e tecidos, o enorme elefante, manipulado por seis artistas, tem feito sucesso ao passear por ruas, praças, parques e espaços culturais de BH.