Maurício Tizumba diz que Letieres Leite, Moacir Santos e o nigeriano Fela Kuti inspiraram o novo álbum -  (crédito: Pri Garcia/Divulgação)

Maurício Tizumba diz que Letieres Leite, Moacir Santos e o nigeriano Fela Kuti inspiraram o novo álbum

crédito: Pri Garcia/Divulgação

 

Homenagear meio século de carreira do cantor, compositor e multi-instrumentista Maurício Tizumba é o objetivo do álbum “Tizumba África 50”. Com 13 faixas, o disco foi produzido pelo músico Lenis Rino e traz as participações de Fernanda Takai, Ivan Corrêa, Matéria Prima, Hot e Sérgio Pererê.

 

 

O novo trabalho, previsto para chegar ao streaming ainda em setembro, traz influências de Letieres Leite, Moacir Santos e do nigeriano Fela Kuti, criador do afrobeat.

 

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A iniciativa de produzir o álbum foi da Sala da Toscaria, estúdio e selo de Lenis Rino. "Lenis fez uns arranjos de metais, percussão, teclados e bateria muito bons, que é a história minha e dele, com um pouco dos meus tambores. Ele pegou algumas músicas minhas e, pensando em Moacir Santos, Letieres e Fela Kuti, criou arranjos com essa estampa, mas a forma como amarrou ficou bem mineira. As músicas tomaram outra cara, porque vêm com metais, fugindo dos tambores puros das Minas Gerais, do tambor congadeiro", diz Maurício Tizumba


O artista mineiro afirma que o novo disco transporta sua música para outro lugar. Ele conta que já havia tocado com bandas de metais e orquestras, reforçando que o álbum “ficou bem interessante, porque não fugiu da negritude”.

 

 

“Lenis pensou também na mistura do Letieres, que trabalhava o tambor sagrado diretamente com arranjos de metais para a Orkestra Rumpilezz", afirma, referindo-se ao músico e maestro baiano que morreu em 2021.


Afrobeat

 

Parceiro de Tizumba há anos, Lenis Rino conta que, certa vez, disse ao amigo que tinha vontade de fazer um álbum com músicas dele, mas com a referência do afrobeat, surgido da mistura da música africana com a black music norte-americana.

 


Lenis viabilizou o novo trabalho por meio do projeto Retomada Música, da Funarte. "Gravei com a banda praticamente ao vivo. Juntei um grande time de músicos, fomos para o estúdio Ilha do Corvo, gravamos o mais ao vivo possível. Só os sopros e as vozes foram gravados depois. Nesse estúdio, consegui atingir a estética que queria, mais dos anos 1970 e 1980. Digo isso com relação a timbres, arranjos e instrumentos. O estúdio de Leo Marques tem microfones e mesas de som antigas, muito legais", comenta o produtor.


“Tizumba África 50” traz criações de Tizumba e composições de Lenis. “Tem músicas instrumentais que compus e as outras são da carreira dele. Na verdade, gravamos versões de 10 canções dele”, explica o produtor.

 


Participaram das gravações Tizumba (voz), Fernanda Takai (voz), Sérgio Pererê (voz), Lenis Rino (bateria), Júlia Tizumba (voz e tambor), Rafael Nunes (percussão), Alcione (percussão), Thiago Corrêa (baixo), Marcelinho Guerra (guitarra), Lucas de Moro (teclados), Juventino Dias (trompete), Leonardo Brasilino (trombone), Silas Prado (sax e flauta), Josy Anne (voz, tambor e gunga), Matéria Prima (voz), Hanna Manata (voz), Hot (voz), Raquel Coutinho (voz, tambor e patangome), Ivan Corrêa (baixo), Antônio Loureiro (piano), Richard Neves (piano e escaleta) e Ravel Veiga (violões).


“TIZUMBA ÁFRICA 50”
• Disco de Maurício Tizumba
• 13 faixas
• Lançamento nas plataformas digitais até o final de setembro