Vencedor do 23º Prêmio BDMG Instrumental 2024, o grupo Felipe Rossi & Sexteto se apresenta nesta sexta-feira (13/9), às 19h30, na Sala Nélida Piñon do Centro Cultural Idea. O repertório majoritariamente autoral conta também com arranjos feitos para canções de Milton Nascimento, Egberto Gismonti e Caetano Veloso.
Ao lado de Felipe (clarinete e clarone), estão Danillo Mendonça (trombone), Bernardo Moreira (piano e sintetizador), Alberto Ouziel (contrabaixo), Pedro Ramalho (bateria) e José Henrique Soares (percussão e eletrônica).
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Entre as autorais, o clarinetista destaca as canções que compôs para o cantor, compositor e percussionista Marku Ribas (1947-2013), para o trombonista carioca Raul de Souza (1934-2021) e para o percussionista pernambucano Naná Vasconcelos (1944-2016).
“Na verdade, é homenagem que faço para vários ícones da música brasileira que, infelizmente, já partiram deste mundo. A maioria das músicas foi composta este ano, para participar do prêmio do BDMG. Eles exigiam três composições e um arranjo”, explica.
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Quanto aos arranjos, Felipe destaca o de “A chamada”, música de Milton Nascimento que está no álbum “Milagre dos peixes” (1973).
“É uma música que sempre achei linda, não tem letra, parece o canto da sereia Iara, uma coisa tipo vocalize. Confesso que há muitos anos venho com essa ideia de tentar aproximar o canto do trombone e do clarone, enfim, de instrumentos de sopro, tocando bem no agudo, uma ideia meio onírica.”
Além do show de hoje, o sexteto se apresenta na quarta-feira (18/9), às 19h30, no CCBB, na Praça da Liberdade. “Teremos como convidado o Daniel Murray, um violonista muito bom de São Paulo”, elogia. “Agora, neste show de sexta-feira (hoje), devemos tocar de 10 a 12 músicas autorais. O repertório está legal e acredito que será uma apresentação bem bacana.”
Novo álbum
Felipe afirma que o grupo agora está focado em gravar um novo disco.
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“Para mim, o que dá trabalho é arranjar e escrever direitinho o que quero, pois tem arranjos que são mais complexos e tenho de fazer isso no meio dos meus outros trabalhos, uma coisa que não é constante, mas que segue lentamente. Depois de ganharmos o Prêmio do BDMG, saímos de um repertório de seis músicas para 14, mais que o dobro”, explica
O clarinetista acrescenta: “Então, tem esse processo de tocar e amadurecer. Também sou engenheiro de som, estudei isso por vários anos e gosto de gravar um disco ao vivo, como se fosse um retrato da hora”.
De acordo com ele, o primeiro passo para isso é o amadurecimento. “Botar a música na estrada, tocar bastante, ter feedback, azeitar a banda. E aí a gente grava. Isso deve acontecer por volta de dezembro", conclui.
FELIPE ROSSI & SEXTETO
Nesta sexta (13/9), às 19h30, no Centro Cultural Idea (Rua Bernardo Guimarães, 1.200, Funcionários). Ingressos a partir de R$ 40. Informações: (31) 3309-1518.