Miguel Rosselini e Celina Szrvinsk se apresentam nesta terça e quarta no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes
 -  (crédito: Cleu Nacif e Luis Ritter/Divulgação)

Miguel Rosselini e Celina Szrvinsk se apresentam nesta terça e quarta no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes

crédito: Cleu Nacif e Luis Ritter/Divulgação


Celina Szrvinsk e Miguel Rosselini formam uma das mais renomadas e antigas duplas de pianistas do Brasil. Seguindo a tradição do século 18, que consolidou as parcerias familiares no piano como uma modalidade musical, o casal comemora 40 anos de uma carreira compartilhada na música.

 


Uma das celebrações dessa trajetória será a participação do duo no concerto “Pianíssimo: de Paris a Veneza” da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, que ocorrerá nesta terça (24/9) e quarta (25/9), no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. Sob a regência da maestrina Ligia Amadio, o programa incluirá a "Sinfonia em ré menor", do belga César Franck, o "Concerto para dois pianos", do francês Francis Poulenc, e a estreia de “Cenários improváveis”, do compositor mineiro Rogério Vieira.

 

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“O termo ‘pianíssimo’ se refere ao superlativo de piano, mas também tem relação com uma dinâmica da música muito conhecida. Então esse título tem a intenção de fazer uma brincadeira de palavras para os amantes da música, destacando a dinâmica e o fato de que nós teremos dois pianos no palco, diferente dos concertos usuais”, explica a maestrina.


Obra inédita

 

Celina Szrvinsk e Miguel Rosselini vão interpretar a obra de Poulenc, uma peça fundamental na literatura do concerto de dois pianos com orquestra. “Já temos essa obra em nosso repertório há algum tempo e é uma das principais composições do músico, que mostra a fase madura dele. Ele tem uma linguagem musical que mescla muitos humores variados. As composições tem um lirismo, uma energia rítmica e passagens vigorosas que ele faz de uma maneira muito particular e inovadora”, destaca o pianista.

 

 

As apresentações desta semana também terão a interpretação da composição inédita de Rogério Vieira, escrita especialmente para a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. Na obra, Vieira se inspirou em colagens para misturar gêneros musicais distintos em sua composição, em uma performance que se assemelha ao estilo eclético de Poulenc.


Com outras apresentações programadas para este ano e o próximo, para celebrar as quatro décadas de carreira, o casal está entusiasmado em tocar novamente para o público de Belo Horizonte. “Como pianistas, produtores e também professores da UFMG, tocar na cidade onde a gente tem a vida construída é sempre um privilégio e um desafio, porque a gente tem aqui o nosso maior público. É um público que nos conhece e que nós conhecemos muito bem, pelo qual a gente tem muito carinho e quer sempre dar o melhor”, afirma Rosselini.

 

 

Ele também destaca a satisfação de tocar no Palácio das Artes, um espaço tradicional da música em Belo Horizonte. “A sala está muito bem estruturada, com dois pianos excelentes, o que é essencial para este concerto. Considerando a importância das obras que vamos apresentar e o carinho que temos pelo público, ter dois pianos excelentes e compatíveis é fundamental”, acrescenta.


“PIANÍSSIMO: DE PARIS A VENEZA”
Nesta terça-feira (24/9), às 12h, durante o “Sinfônica ao meio-dia”, serão apresentados trechos do programa, com entrada gratuita, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1.537 – Centro. Na quarta (25/9), a apresentação será completa, às 20h, com ingressos a R$ 30 (inteira), à venda na plataforma Eventim e na bilheteria local.

 

* Estagiária sob supervisão da subeditora Tetê Monteiro