O rapper americano Sean “Diddy” Combs, famoso por músicas como “Last night” e “I’ll be missing you”, está sendo investigado por envolvimento com tráfico sexual, associação ilícita e promoção da prostituição. Ele foi preso no último dia 16/9, em Nova York, nos Estados Unidos. Chamado de Puff Daddy e P. Diddy, ele é um dos grandes nomes do mundo do rap, tendo sido um dos responsáveis por descobrir nomes como Usher.
Diddy nasceu em novembro de 1969 e ganhou notoriedade na década de 1990. Na época, ele trabalhava como produtor executivo na Uptown Records. Tempos depois, fundou sua própria gravadora, a Bad Boy Records, que lançou sucessos de nomes como The Notorious B.I.G., Mase e Faith Evans, fazendo com que Diddy se tornasse um grande nome no hip-hop.
Diddy também lançou sua própria carreira como rapper. Com o sucesso nos palcos e nos bastidores, ele se tornou um dos empresários mais bem sucedidos da indústria musical.
Ao longo da carreira, ele se tornou amigo de grandes celebridades, como Jay-Z. A amizade começou nos anos 1990, quando os dois eram rivais nos negócios. Ao longo dos anos, eles fizeram colaborações musicais e falaram abertamente sobre o sucesso um do outro.
Ele também mantém um relacionamento com Beyoncé, esposa de Jay-Z. O casal está sendo associado aos escândalos envolvendo Diddy. No entanto, não se sabe de qualquer participação dos dois nos crimes.
Caso Diddy
A promotoria apresentou um documento de 14 páginas de acusação contra Diddy, passando por participação em um incêndio criminoso, suborno, sequestro e obstrução da justiça. O caso foi levado ao tribunal após a participação de Diddy nas chamadas “freak-offs” – festas de maratonas sexuais – e encobrir qualquer dano ao local e às pessoas envolvidas.
Essas festas geralmente aconteciam em hotéis de luxo, regadas a álcool, drogas e sexo coagido. Eram feitas imagens que, depois, seriam usadas por Diddy como uma forma de chantagem, para garantir que não haveria denúncias contra ele.
A investigação contra Diddy começou após uma denúncia de sua ex-namorada Cassandra Ventura, feita no ano passado. Ela contou que o ex era responsável pelas freak-offs, forçava que ela participasse dos eventos e se masturbava enquanto assistia. Na ocasião, ele se declarou inocente e disse que as relações eram consensuais.
No entanto, foi encontrada uma gravação em que Diddy agride Cassandra em um hotel de luxo, chegando a jogar um vaso nela e a arrastar pela blusa. Segundo a promotoria, a agressão aconteceu após a mulher tentar escapar de um freak-off momentos antes de ser forçada a manter relações com um garoto de programa.
“Essas ocasiões incluíam casos em que uma vítima foi obrigada a permanecer escondida, às vezes por vários dias, para se recuperar das lesões infligidas por Combs”, diz um trecho da acusação. Ela aponta que Diddy mantinha uma rede que facilitava essas festas, encontrando os locais e os convidados, além de reparando os danos aos quartos. “Esses indivíduos supostamente incluíam supervisores de alto escalão nos negócios, assistentes pessoais, equipe de segurança e empregados domésticos”, afirmou o procurador do caso em uma coletiva de imprensa.
Ele ainda apontou que nomes ligados à organização das festas não foram acusadas na justiça, já que a investigação ainda está em andamento. No entanto, alguns nomes não serão indiciados por estarem colaborando com o caso.
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Diddy está preso desde o dia 16 e teve a fiança negada pelo júri. Há uma preocupação que ele tente obstruir a justiça e manipular testemunhas. O caso de Cassandra já foi fechado, mas novos processos foram movidos contra o rapper – todos por mulheres que o acusam de coagi-las a participar de encontros sexuais regados a drogas.