Ele ainda usa fraldas, mas se tornou estrela do Instagram e do mundo da arte em apenas alguns meses, a ponto de veículos de imprensa o chamarem de “Mini Picasso”, alusão ao gênio espanhol da pintura (1881-1973).
Laurent Schwarz, de 3 anos, pinta telas quase sempre maiores do que ele no ateliê localizado em um canto de sua casa na cidade de Neubeuern, no Sudeste da Alemanha.
Com pincéis, rolos e, às vezes, simplesmente com os dedos, Laurent cria colorida “arte abstrata”. Paixão que descobriu há um ano, quando passou férias num hotel que tinha ateliê.
“Voltamos para casa e Laurent só queria pintar, pintar, pintar”, conta Lisa Schwarz, de 33 anos, mãe do pequeno artista.
Os pais decidiram comprar telas e tintas para o menino. Também abriram uma conta no Instagram, na qual publicam fotos e vídeos das obras.
“Em quatro semanas, alcançamos 10 mil seguidores”, relembra Lisa Schwarz, afirmando que inicialmente buscava compartilhar imagens dos trabalhos do filho apenas com familiares e amigos.
Pouco depois, no entanto, chegaram as primeiras propostas de galerias, alimentadas pelo entusiasmo da imprensa e das redes sociais.
O pequeno menino-prodígio já ultrapassou 90 mil seguidores. Compradores de todo o mundo deram lances de até centenas de milhares de euros por suas obras no leilão realizado em Neubeuern, no final do mês passado.
“Entre os interessados havia um famoso ator americano e famílias da realeza”, revela Lisa Schwarz. “Foi incrível.”
Embora o pequeno Schwarz tenha desenvolvido a paixão pela arte em idade muito precoce, não é o primeiro a agarrar o pincel tão rapidamente.
Fenômenos infantis
Não é incomum ver fenômenos assim entre crianças, retratadas pela imprensa como “pequenos Picassos”.
Em 2022, o garoto americano Andres Valencia, de 11 anos, vendeu obras inspiradas no pintor espanhol por centenas de milhares de dólares.
Também nos Estados Unidos, a romena-americana Alexandra Nechita foi apelidada de “Pequena Picasso” no final da década de 1990. Ela chamou a atenção da comunidade artística com apenas 12 anos.
Conta no banco
Os pais de Laurent Schwarz dizem que ainda os surpreende a reviravolta causada pela aventura do filho. De acordo com o casal, o dinheiro das obras vai para uma conta no nome da criança, que poderá utilizá-lo como quiser quando se tornar adulto.
“Laurent pode estudar pintura, comprar um carro, tocar um instrumento ou jogar futebol. Ele escolherá”, promete Philippe Schwarz, de 43 anos, pai do pequeno pintor. “O importante, para nós, é que ele esteja feliz”, garante.