Influenciado pelo Clube da Esquina, baterista Arthur Rezende compôs oito das 10 canções que vai tocar hoje, no CCBB BH -  (crédito: Amanda Canhestro/divulgação)

Influenciado pelo Clube da Esquina, baterista Arthur Rezende compôs sete das 10 canções que vai tocar hoje, no CCBB BH

crédito: Amanda Canhestro/divulgação

 


O Teatro 1 do CCBB-BH abriga, nesta quarta-feira (30/10), às 20h, a terceira atração da temporada de shows com os vencedores do 23º Prêmio BDMG Instrumental. Depois do violinista Guilherme Pimenta e do clarinetista Felipe Rossi, agora é a vez do baterista Arthur Rezende, que divide o palco com a saxofonista Gaia Wilmer, de Florianópolis – a participação de um artista convidado é uma premissa da premiação.

 


Rezende começou a tocar bateria quando tinha apenas 11 anos – e já tem bastante estrada acompanhando músicos como Vander Lee, Marina Machado e Pedro Morais, entre outros. Em 2003, foi um dos vencedores do Jovem Instrumentista BDMG, o que firmou seu espaço no cenário da música mineira. Atualmente, ele integra as bandas de Beto Guedes e de Flávio Venturini A experiência da composição, no entanto, é nova em sua trajetória e, em boa medida, motivada pelo BDMG Instrumental.

 

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O roteiro do show de logo mais é composto por 10 músicas – sete de sua autoria e duas de sua convidada, além de um arranjo especial para “Vento de maio” (Telo Borges e Márcio Borges), que defendeu na etapa final da premiação. Rezende diz que, à exceção de “Ruanda”, que compôs em parceria com o irmão em 2015, todas as demais são recentes – algumas, contudo, inspiradas em melodias antigas.

 

 

“Tenho dito que meu trabalho autoral está nascendo”, destaca. Ele explica que sempre criou melodias cantarolando, mas não as desenvolvia em temas completos. “Como baterista, meu instrumento não me ajudava nesse processo”, ressalta.


Clube da Esquina

 

A solução imediata foi comprar um piano, conforme explica. “Não sei tocar piano, mas os sons estão lá, então é procurar e ver como traduzir o que está na minha cabeça. É um processo lento, de garimpagem, buscando nas teclas brancas e pretas as melodias que crio cantando”, diz. “Digo que são músicas muito orgânicas, muito humanas, porque vêm dessa coisa de cantar. Harmonias e melodias que crio têm influência principalmente do Clube da Esquina”, acrescenta.

 

 

Gaia Wilmer foi umas das juradas da finalíssima do 23º Prêmio BDMG Instrumental e o convite para os shows em BH e em São Paulo foi feito na noite em que foram anunciados os quatro vencedores desta edição. “Para minha felicidade, foi aceito de imediato.”


“Paralaxe”, parceria de Gaia e Rezende, é a música que fecha a apresentação. “Tinha aquelas melodias antigas, esboços, e achei uma que podia dar um caldo. Comecei a trabalhar, mas chegou em uma parte que travei. Tive a cara de pau de enviar para Gaia perguntando se ela se animaria a concluir comigo. Ela ouviu e topou, me mandou umas ideias, deu um norte para a música, e fui arranjando. Acho que ficou bem bonito. A intervenção dela é linda”, destaca o baterista.


“ARTHUR REZENDE CONVIDA GAIA WILMER”
Temporada do 23º Prêmio BDMG Instrumental, nesta quarta-feira (30/10), às 20h, no Teatro 1 do CCBB-BH (Praça da Liberdade, 450 – Funcionários). Ingressos gratuitos, disponíveis no site ccbb.com.br/bh e na bilheteria local.