Em uma sociedade em que quase tudo se resolve com alguns cliques e a comunicação se assemelha a códigos enviados por mensagem de texto, parar para escutar alguém se tornou raro. Mas é o que "A forja: O poder da transformação", em cartaz em Belo Horizonte, propõe ao apresentar a vida do jovem Isaías Wright. Papel de Aspen Kennedy, o rapaz de 19 anos não estuda nem trabalha e é desafiado pela mãe a procurar um emprego para pagar o aluguel.

 




E tudo ia mal em sua vida até que ele finalmente encontra alguém disposto a ouvi-lo. Josué Moore, vivido por Cameron Arnett, um empresário bem-sucedido, não somente oferece um emprego a Isaías, como também se propõe a ser o seu mentor e lhe apresentar valores cristãos para a vida.

 

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O tom é mesmo de ensinamento. "A forja" é escrito, dirigido e atuado por cristãos, os irmãos Alex e Stephen Kendrick, autores de sucessos entre o público evangélico, como "Prova de fogo", de 2007, "Quarto de guerra", de 2014, e "Mais que vencedores", de 2018.

 

 

O gênero, em geral importado dos Estados Unidos, tem ganhado espaço tanto no streaming como nas salas de cinema do país, a exemplo da série "The chosen", sobre a vida de Jesus.


"Nossos filmes são agora ferramentas para ajudar as pessoas a amar Deus e a amar as pessoas", diz Alex, diretor do longa que assina o roteiro com o irmão.


"Ouvir é um dos temas (do filme). Mas nós diríamos que queremos amar os jovens e então conectá-los com a verdade em uma relação com Deus. Mas nós temos uma geração ao redor do mundo que é uma geração digital. Eles estão vendo cinco horas ou mais de vídeo por dia, e muitas vezes o que eles estão vendo é pura fantasia. Não está ajudando", afirma Stephen.

 

 

Os irmãos estiveram em São Paulo no início de setembro para promover o lançamento e destacaram que seus filmes são uma das formas de falar de Jesus, mas não a única. Eles também são pastores, escritores e líderes em suas igrejas nos Estados Unidos.


"Um filme é como uma carta. As pessoas podem abrir e lê-la, e isso pode abençoar suas vidas. As verdades nos filmes são mais importantes do que os filmes. Quando as pessoas estão assistindo ao filme, no final, nós ajudamos elas a pensar profundamente sobre o que é o mais importante", afirma Stephen.


Realidade brasileira

 

Em "A forja", os irmãos Kendrick apresentam mensagens "para pessoas diferentes, em diferentes épocas de suas vidas". E algumas dessas mensagens estão conectadas à realidade brasileira, como uma mãe solo que se esforça para educar e sustentar o filho sozinha.


No longa, a mãe de Isaías, Cynthia Wright, papel de Priscilla Shirer, enfrenta o medo de não conseguir dar conta, mas recebe apoio de outras mulheres. Já Isaías encontra no patrão e no grupo de homens que dá nome ao filme as respostas para os desafios da vida adulta.


Stephen explica que o grupo de homens se chama A Forja porque "eles querem ajudar o caráter e a fé desses jovens a crescerem", assim como faz o forno de metais. No filme, o que eles querem moldar é o coração das pessoas. "É por isso que chamamos de forja. É um paralelo a um pedaço de equipamento, quente e pressionado, mas faz isso para o bem e para ser forte. E no coração de um homem é o mesmo. E eu espero que esse filme inspire a se aproximar de jovens e convidá-los para casa, ajudá-los com seus problemas, responder às suas perguntas e ajudá-los a crescer." (Regiane Soares)


“A FORJA: O PODER DA TRANSFORMAÇÃO”
Direção: Alex Kendrick e Stephen Kendrick. Com Aspen Kennedy, Cameron Arnett e Karen Abercrombie. Em cartaz nas redes Cineart, Cinemark, Cinépolis e Cinesercla.

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