O apresentador Cid Moreira morreu aos 97 anos nesta quinta-feira (3/10) por falência múltipla dos órgãos. Ele estava internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, no Rio de Janeiro, há 29 dias tratando de uma peritonite, uma inflamação na membrana que envolve o sistema digestivo. 

 

 




O cardiologista responsável pelo tratamento de Cid, Nélio Gomes, afirmou durante participação no programa Encontro com Patrícia Poeta que o jornalista apresentava falência renal crônica e fazia diálise peritoneal em casa há três anos e meio. O procedimento tem como objetivo filtrar resíduos tóxicos ao organismo que o rim já não consegue reter.

 


Cid Moreira deu entrada no hospital devido a uma peritonite, provavelmente devido à diálise prolongada, associada a uma infecção urinária. Além disso, Cid já apresentava certo grau de atrofia muscular e, por consequência, dificuldade de andar. Uma trombose venosa nos membros inferiores levou o ex-apresentador do Jornal Nacional a ficar acamado


 

“Um paciente de 97 anos que fica mais tempo acamado, com complicações de trombose venosa, de uma peritonite, evoluindo com o desgaste natural do organismo por três anos de diálise peritoneal e a agudeza desse quadro, esse paciente se torna um paciente mais grave, para cuidados mais intensivos, por isso ele veio para a unidade coronariana”, explica Gomes.

 

 

Ainda segundo o médico, o apresentador recebeu um tratamento multidisciplinar mas, pelo uso de muitos antibióticos e diminuição da capacidade de absorção de nutrientes pelo organismo, Cid passou por um quadro de desnutrição. Por isso, foi necessário uso de suporte de nutrição parenteral.

 

 

Gomes explicou ainda que, todas essas complicações associadas à idade avançada, levou à falência múltipla dos órgãos. Entretanto, o médico e a  esposa de Cid Moreira, Fátima Sampaio, garantiram que o jornalista manteve o bom humor até seus últimos dias. 

 

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“Ele teve todo o atendimento e o acolhimento que poderia ter em termos das complicações que ele apresentou, mas infelizmente era um paciente de 97 anos com múltiplas comorbidades que evoluiu para uma falência múltipla dos órgãos”, declarou o médico.“Ele teve muita dignidade no tratamento final, foi muito bem acolhido. Tive o prazer de conversar com ele nos últimos 29 dias e ouvir histórias”, completou.

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