Há 40 anos, "Porta da esperança" estreava no “Programa Silvio Santos”, no SBT/Alterosa. O quadro em que pessoas enviavam cartas expondo seus maiores sonhos se tornou um sucesso. A atração, que foi ao ar pela primeira vez em novembro de 1984, foi pioneira ao introduzir o assistencialismo na televisão brasileira.
Qualquer desejo era válido – conhecer alguma celebridade, reencontrar um parente perdido ou até mesmo ganhar um novo eletrodoméstico. As cartas eram escolhidas, e três pessoas contavam suas histórias pessoais a Silvio Santos no palco do programa. Quando o apresentador pronunciava a icônica frase: "Vamos abrir as portas da esperança!", portas cenográficas, adornadas com arco-íris e raios de sol, revelavam ao público as pessoas ou objetos almejados.
A atração foi quadro fixo da emissora paulista por 13 anos, até sua última exibição em 1997. Após quase três décadas fora do ar, o canal traz de volta um dos formatos mais memoráveis de seu acervo para a edição especial do Dia das Crianças, comemorado ontem. Intitulado "Portinha da Esperança", o quadro vai ao ar neste domingo (13/10), durante o “Programa Silvio Santos com Patricia Abravanel”, a partir das 19h, no SBT/Alterosa.
A versão repaginada do quadro visa realizar os sonhos da meninada. Entre os desejos estão ganhar uma bicicleta, visitar um parque aquático e até mesmo conhecer o elenco da novela "A caverna encantada", que vai ao ar de segunda a sexta-feira, no SBT/Alterosa.
"O 'Porta da esperança' começou como especial de fim de ano e nasceu do desejo do seu Silvio de presentear as pessoas. Deu tão certo que, no ano seguinte, o quadro voltou de forma fixa e permaneceu no ar por mais de 10 anos", conta Jefferson Cândido, um dos diretores do “Programa Silvio Santos”.
"O Silvio fazia muito apelo para que as empresas ajudassem as pessoas, porque, às vezes, os sonhos não estavam ao alcance da produção. Havia sempre uma mensagem para que os empresários de todos os ramos contribuíssem com o ‘Porta da esperança'", acrescenta Cândido.
Silvio Santos testou ideias ousadas na televisão brasileira
Viagens, brinquedos, cadeiras de rodas e aparelhos tecnológicos foram entregues enquanto o programa esteve no ar.
A dupla Leandro & Leonardo, Mara Maravilha, Zezé di Camargo & Luciano e Gretchen estão entre as celebridades que foram aos estúdios do SBT, em São Paulo, realizar o sonho dos fãs de encontrá-los.
O desejo de reviver o formato que conquistou o público, segundo Cândido, já havia sido discutido anteriormente nos bastidores da emissora paulista.
"Antes da pandemia, já tínhamos vontade de trazer o quadro de volta, mas algo sempre nos impedia. Hoje existem muitos programas assistencialistas que chegam a dar uma casa inteira, enquanto o objetivo do 'Porta' era presentear com itens menores e mais específicos, como máquina de costura, por exemplo. Após tantas idas e vindas, decidimos montar um especial voltado para os sonhos das crianças", comenta o diretor.
Embora o cenário da nova versão seja semelhante ao original, a produção apostou em cores vivas para criar um ambiente mais lúdico e animado. A clássica porta de correr que revela os sonhos é um pouco menor, proporcional às crianças, mas o design com o arco-íris e os raios de sol foi mantido.
Silvio Santos inspirou série, livros e filme
Além do “Portinha da esperança”, outros quadros tradicionais do “Programa Silvio Santos” foram adaptados para atrair o público infantil neste domingo (13/10). No “Jogo das três pistas”, os influenciadores infantojuvenis Natan Por Aí e Gato Galáctico competem pelo maior prêmio em dinheiro. Já o “Show dos calouros” terá Bozo, Patati e Patatá, Xaropinho, Fofão e a boneca Emília como jurados.
Siga nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia
As atrizes Duda Pimenta, Lorena Queiroz, Sienna Belle, Giovanna Chaves, Pietra Quintela e Sophia Valverde se reúnem para jogar o “Qual é a música?”. Até as pegadinhas do “Câmeras escondidas” terão temática infantil.
“PROGRAMA SILVIO SANTOS COM PATRICIA ABRAVANEL”
Aos domingos, às 19h, no SBT/Alterosa.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Tetê Monteiro