A hora é de celebrar. Tanto a música em si, com destaque para as obras de Shostakovich e Ravel, como também sua própria história. Com o lançamento da temporada 2025, a Orquestra Filarmônica apresenta suas cartas para 2025, quando vai comemorar os 10 anos da Sala Minas Gerais.

 

 


A campanha de assinaturas está aberta: serão 46 concertos, divididos nas séries “Allegro” e “Presto” (quintas-feiras), “Vivace” e “Veloce” (sextas) e “Fora de série” (sábados). Ao todo, serão 100 apresentações, pois há também as séries “Juventude”, “Didáticos”, “Filarmônica em câmara”, “Tinta fresca” e “Laboratório de regência”.

 



 


Estão programados quatro concertos especiais. Com a “Nona sinfonia” de Beethoven, a orquestra vai comemorar sua primeira década de “casa própria”. Em 20 e 21 de fevereiro, a obra será executada com regência do diretor artístico Fabio Mechetti, os solistas Gabriella Pace, Edineia de Oliveira, Matheus Pompeo e Lício Bruno e Coro da Osesp.

 


A temporada começa em 8 de março, com programa que reúne musicais da Broadway e peças para balés de Martha Graham. Mechetti destaca a vinda a BH do violoncelista israelense nascido na Letônia, Mischa Maisky. Com o Trio Maisky, em que toca com os filhos, o violinista Sascha e a pianista Lily, ele vai executar o “Concerto tríplice”, de Beethoven.

 

 


Entre os convidados em 2025 estão os pianistas Arnaldo Cohen e Cristian Budu, além do violinista ucraniano Dmytro Udovichenko, vencedor do mais recente concurso Rainha Elisabeth da Bélgica.

 


“Ao longo do ano, vamos valorizar a própria sala”, diz Mechetti. Foram programadas peças monumentais, como “A sagração da primavera”, de Stravinsky, executada pela primeira vez na sede da Filarmônica. “A orquestração, bastante grande e viva, ganha numa sala como esta.”

 


Desde abril spalla da orquestra, a violinista norte-americana Elizabeth Fayette estreará como solista com a “Fantasia escocesa”, de Max Bruch.

 


O número de assinaturas atual está próximo do patamar pré-pandemia. “Temos reciclagem anual de cerca de 25%. A cada ano, são uns mil novos assinantes. Agora criamos a assinatura júnior (para jovens entre 12 e 18 anos, com desconto de 75% da assinatura regular)”, continua Mechetti.

 


O atual contrato de gestão da Sala Minas Gerais, firmado entre o Instituto Cultural Filarmônica e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), vale até 31 de dezembro. Depois do imbróglio no primeiro semestre, em que o futuro da sala e da orquestra foram colocados em xeque, o anúncio da nova temporada é um sinal positivo.

 


“Nesses 17 anos, sempre anunciamos a próxima temporada antes do contrato de gestão assinado. Se formos esperar, não há como (montar a programação). Ele será assinado, esperamos que muito antes de 31 de dezembro. Não há interesse de nenhuma parte em fazer algo que afete o sucesso da Filarmônica”, diz Mechetti.

 

O violoncelista Antonio Meneses morreu em agosto, aos 66 anos, em decorrência de um tumor cerebral

Sidney Waismann/divulgação


Homenagem a Antonio Meneses

 

A violoncelista Marina Martins é a convidada da Filarmônica nesta quinta-feira (17/10) e amanhã (18/10), às 20h30, na Sala Minas Gerais. Ela vai executar o “Concerto para violoncelo”, do inglês Edward Elgar.

 

O programa, regido por Mechetti, traz “Romeu e Julieta”, de Sergei Prokofiev e “Prólogo e Fuga”, de Camargo Guarnieri. Os concertos serão dedicados ao violoncelista Antonio Meneses. Morto em 3 de agosto, ele seria o solista das apresentações. Ingressos a partir de R$ 39,60 (inteira).

 

 


CAMPANHA DE ASSINATURAS


De R$ 214, inteira (R$ 107, meia), para seis concertos no mezanino, a R$ 3.681 (R$ 1.840, meia), para 26 concertos no balcão principal. Vendas no site da orquestra (www.filarmonica.art.br/assinaturas) e na bilheteria da Sala Minas Gerais (Rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto). Informações: (31) 3219-9009.

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