Morreu na madrugada desta quarta-feira (23/10), em Araxá, no Alto Paranaíba, a poetisa, contista, cronista e repentista Vilma Cunha, aos 83 anos. Natural de Araxá, ela era membro da Academia Araxaense de Letras, da Academia de Letras do Triângulo Mineiro, da Academia Municipalista de Letras de Belo Horizonte e da Academia Internacional dos Quintanistas. A escritora também foi membro-correspondente da Academia Pan-Americana de Letras e Artes, no Rio de Janeiro, e da Academia Juiz-forana de Letras, em Juiz de Fora.

 

O sepultamento da escritora, que dedicou cerca de 40 anos à carreira literária, será realizado nesta quarta-feira (22/10), às 17h, no Cemitério das Paineiras.

 

 

Vilma Cunha publicou seis livros e cinco e-books, além de ter participado de várias antologias.

 



 

A Academia de Letras, Artes e Ciências Brasil (ALACIB) publicou uma nota lamentando o falecimento da escritora. "Nossos mais profundos sentimentos de pesar. A literatura perdeu uma grande poeta! Que Minas Gerais reconheça e renda tributos a esta mineira da palavra".

 

Vilma Terezinha Cunha Duarte era formada em Letras, com especialização em Língua e Literatura Inglesa, Portuguesa e Brasileira, além de ser pós-graduada em Literatura e Língua Portuguesa.

 

Livros publicados


Lágrimas de Telha (1986)

Domingos, Dias Úteis e Santos (1990)

Prêmio de Viver: Uma História de Amor (2000)

Mineirice... com Gosto de Pão de Queijo e Goibada Cascão (2009)

De Aquecer Invernos no Coração (2018)

Aquarela de Aldravias (2019)

Quintas & Contos (2020)

 

E-Books


Pingos de Amor (crônicas e poemas) - 2005
Bailando Versos (poemas) - 2005
Pedaços do Dia (crônicas) - 2006
Para Ninar o Coração (poemas) - 2010
Quintas&Contos (2020)

 

Antologias


Círculo de Poesia 5 (2004)
Livre Pensador (2004)
Tertúlia na Primavera (2004)
O CONTO BRASILEIRO HOJE. Volume 4 (2007)
Poetas Del Mundo em Poesias (2008)
Écrivains Contemporains Du Minas Gerais (2011)
O Livro das Aldravias. Nova forma /Nova poesia (2012)
O Livro II das Aldravias, Nova forma /Nova poesia (2013)
Sem Fronteiras pelo Mundo (2021)
Antologia I (2021)
O Livro I das Aldravipeias (2014)
O livro III das Aldravias (2015)
Livro IV das Aldravias (2016)
Livro V das Aldravias (2017)

Livro VI das Aldravias (2018)
Livro VII das Aldravias (2019)
Livro VIII DAS Adravias (2020)
Livro I das Quintas (2020)
Livro das Quintas (2021)
Livro IX das Aldravias (2021)
Antologia de Poesia Brasileira Contemporânea, Além da Terra, Além do Céu – IV (2020)

 

 

Homenageada no Fliaraxá 2022

 

 

Na 10ª edição do Festival Literário de Araxá (Fliaraxá), realizada em 2022, a autora homenageada local foi Vilma Cunha Duarte.

 

Na ocasião, ela afirmou em entrevista ao site do Fliaraxá que ficou surpresa e grata pela homenagem. "É uma homenagem superimportante de reconhecimento ao meu trabalho literário pela curadoria de um dos mais importantes festivais de literatura do Brasil. Isso me emociona e me responsabiliza. Agradeço e estou muito feliz", complementou.

 

Sobre sua trajetória na literatura, ela contou que começou a escrever muito nova, atendendo a diversas solicitações. "Assim como a Dora, do filme Central do Brasil, escrevia discursos, cartas, telegramas, cartões e números para festas escolares, coroações. Isso ajudou a desenvolver a minha criatividade. Em 1984, tive minha primeira crônica publicada no Correio de Araxá. Desde então, foram mais de 1.500 crônicas ao longo de 38 anos. Escrevo todos os sábados, sem nunca ter faltado uma semana sequer", revelou.

 

 

"A poesia me salvou"

 

A escritora também declarou em 2022 que, após a morte do marido em 1995, se sentiu desesperadamente sozinha e se agarrou à poesia de corpo, alma e coração. "O amor intocado por ele virou poesia que transborda no meu peito. Em vez de ficar revoltada e neurótica, tornei-me poeta. A poesia me salvou."

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