Augusto Licks (guitarra, voz e violão) e Carlos Maltz (bateria), ex-integrantes do Engenheiros do Hawaii, relembrarão sucessos de seu antigo grupo nesta sexta, às 21h, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. Ao lado do baixista Sandro Trindade, eles apresentam o show “Licks & Maltz com os Engenheiros sem Crea”.

 

 


O repertório traz “Infinita highway”, “Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones”, “Toda forma de poder”, “O papa é pop”, “Terra de gigantes” e “Pra ser sincero”, entre outras canções.

 



 


O trio, garante Augusto Licks, resgata o espírito original da banda que despontou nos anos 1980 em Porto Alegre. Com seu sotaque gaúcho, Humberto Gessinger, Licks e Maltz – a aclamada fase “GLM” do Engenheiros – conquistaram o Brasil.

 


“Nosso show é parecido com o início da banda, que começou com uma apresentação despretensiosa na Escola de Arquitetura, em Porto Alegre, em janeiro de 1985”, relembra o guitarrista, de 68 anos. Quatro décadas depois, ele, Maltz, de 61, e Trindade se multiplicam no palco.

 


“Cobramos escanteio e corremos para cabecear na área. Às vezes, eu e Sandro atacamos nos teclados, temos essa versatilidade.”

 

 

 


A ideia do power trio surgiu de um convite de Sandro Trindade, da banda cover gaúcha Engenheiros sem Crea, para rememorar os antigos tempos.

 

 


“Nos reunimos para fazer um show no Bar Opinião, em Porto Alegre, onde o Engenheiros do Hawaii surgiu. Foi uma coisa bonita, acima de tudo emocional. Já se passaram 31 anos desde a minha saída da banda, que aconteceu em uma situação conturbada, nada amigável”, comenta Augusto Licks.

 


“O que aconteceu foi o seguinte: em 1993, bateu um cansaço geral. Acredito até que Humberto, que era o líder, não estivesse mais de bem com a banda, talvez não quisesse ficar mais conosco, preferindo a carreira solo”, afirma.

 


“Foi um ano de péssimo astral, que acabou culminando com a minha saída. Houve toda a configuração judicial e versões espalhadas por aí, mas considerando todo esse retrospecto conturbado, virar a chave para 31 anos depois... Quem poderia imaginar que a gente pudesse se reencontrar?”.

 

 

Águas passadas

 

Pois o reencontro de Licks e Maltz no Bar Opinião rendeu a nova turnê. “Aquele negócio que aconteceu lá atrás agora são águas passadas. Ficou a seguinte sensação: estamos todos velhos, já vivemos pra caramba, tivemos chance de tomar bastante 'semancol'. Tem gente que quer nos ver em cima do palco tocando e cantando, tem gente que sente falta disso. Então, por que não?”, comenta Licks.

 


A ideia inicial era fazer apenas um show no bar gaúcho. “Ele foi realizado no dia 21 de abril, três dias antes daquele dilúvio que caiu no estado. Um roadie e o Jeff, que tocou guitarra conosco, foram resgatados do telhado de suas casas em barquinhos”, relembra.

 


O show foi um sucesso. Agora, Licks e Maltz, acompanhados por Sandro Trindade, se apresentam pelo Brasil. “Estamos com saúde para subir no palco, fazer barulho, cantar as canções. Isso é uma sensação muito boa. Acho que em BH não será diferente”, promete o guitarrista.

 


Porém, Augusto avisa: “Licks & Maltz com os Engenheiros sem Crea” é uma “reunião”, não um projeto musical. “Até mesmo pela logística geográfica, pois moro no Rio de Janeiro, Carlos em Santa Catarina e Sandro no Rio Grande do Sul”, conclui.

 

 

"LICKS & MALTZ COM OS ENGENHEIROS SEM CREA”


Nesta sexta-feira (25/10), às 21h, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro). Plateia 1: a partir de R$ 160. Plateia 2: a partir de R$ 120. Plateia superior: a partir de R$ 110. À venda na plataforma Eventim e na bilheteria da casa. Informações: (31) 3236-7400.

 

 

 

 

 

 

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