Em “Sublime live sessions”, a belo-horizontina Luiza Carmo, de 22 anos, experimenta a liberdade de se entregar por inteiro. O EP, com cinco faixas, marca o início de sua trajetória na cena musical independente e aborda temas como paixão, desejo e amor-próprio.

 




“Se isso é amor”, primeira música escrita para o projeto e lançada em setembro como single, marca o tom divertido, irônico e sensual do EP. Além das cinco faixas, o repertório do show desta quarta (30/10), no Cine Theatro Brasil Vallourec, terá outras 10 canções, entre elas releituras de diversos compositores.

 

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“Sem querer, as composições acabaram abordando uma temática parecida. Em 'Sublime', trato assuntos relacionados ao desejo e à liberdade. Nesse sentido, as escolhas estéticas, como o espaço em que gravamos os clipes das músicas e a escolha do plano, foram feitas seguindo a mesma lógica das composições”, explica a artista.

 

 

Cada faixa do EP ganhou o próprio clipe, já disponíveis no YouTube. Gravados no Teatro Municipal Casa da Ópera, em Ouro Preto, e dirigidos por Lucas Drummond. As ideias de erotismo e religiosidade, expressas principalmente na última canção do disco, “Devota beata”, dialogam não só com o espaço histórico, mas com o figurino da cantora mineira e os tons de vermelho usados na cenografia.


Além de três canções autorais, “Sublime live sessions” conta com regravações das músicas “Xuxuzinho”, de Rita Lee; e “Sublime”, de Dani Black. Essa última, mais conhecida na voz de Gal Costa, inspirou o conceito do EP após Luiza Carmo assistir a uma entrevista de Dani sobre a composição.

 

 

“A entrevista me marcou pelo momento artístico que estava vivendo. Eu tinha acabado de sair do selo de uma gravadora e começado minha carreira como artista independente”, afirma. “Na entrevista, Dani Black diz que, em todas as situações da vida, é preciso estarmos presentes por inteiro. Da mesma forma, não é interessante aceitar do outro menos que isso. O pensamento fala bastante sobre relações amorosas, mas também pode ser aplicado à nossa própria liberdade.”


Se “Sublime”, na voz de Luiza Carmo, ficou mais melancólica pelo ritmo pausado e presença marcante do piano, “Xuxuzinho” mantém o tom alegre e divertido da composição original, com toques sensuais e debochados.


Admiração por Rita Lee

 

A admiração de Luiza Carmo por Rita Lee não é segredo. Conforme a cantora belo-horizontina, Rita é uma das suas maiores referências na Música Popular Brasileira.


“Gosto muito da Rita Lee como compositora, mas principalmente como mulher. Ela sempre se posicionou de um jeito escrachado e honesto a respeito do que sentia e pensava. Nas suas letras e melodias, havia certo deboche também. Isso está muito presente em ‘Xuxuzinho’”, afirma.


Além das cinco canções do EP, o repertório desta quarta conta com músicas de Amy Winehouse, Sophie Ellis-Bextor, Mutantes e Gal Costa.


“Montei o repertório a partir do meu gosto pessoal e das minhas referências, incluindo principalmente aquilo que se aproxima da minha linguagem e da forma como faço e vejo música. A presença da Amy Winehouse é uma prova disso. Ela é a artista que mais ouvi desde a infância, por isso fiz questão de incluí-la na setlist do show”, diz Luiza.


“SUBLIME LIVE SESSIONS”
• Álbum de Luiza Carmo
• 5 faixas
• Disponível nas plataformas digitais

 

“SUBLIME”
Show de Luiza Carmo. Nesta quarta-feira (30/10), às 19h, no Cine Theatro Brasil Vallourec (Avenida Amazonas, 315 – Centro). Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia), à venda na plataforma Eventim.


* Estagiária sob supervisão da subeditora Tetê Monteiro

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