Guilherme Arantes vai cantar "Planeta Água", "Amanhã", "Cheia de charme" e "Deixa chover" no show desta sexta (1/11) em BH -  (crédito: Naiara Napoli/Divulgação)

Guilherme Arantes vai cantar "Planeta Água", "Amanhã", "Cheia de charme" e "Deixa chover" no show desta sexta (1/11) em BH

crédito: Naiara Napoli/Divulgação

 

 

Comemorando 48 anos de carreira, o cantor, compositor e pianista Guilherme Arantes celebra a data com um show nesta sexta-feira (1º/11), às 21h, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. No repertório, o músico paulista apresenta seus maiores sucessos: “Deixa chover”, “Amanhã”, “Planeta Água”, “Cheia de charme”, “Coisas do Brasil”, “Pedacinhos”, “Brincar de viver, “O melhor vai começar” e “Meu mundo e nada mais”, entre outros.

 

 


Arantes revela que esse é um show muito aguardado, por se tratar de Belo Horizonte. “BH é um dos lugares onde mais gosto de me apresentar, pois a cidade é muito musical. Tem muito a ver comigo, assim como o movimento todo da música mineira, por causa dos teclados, do piano, do órgão. Desde os tempos do grupo Som Imaginário é assim.”

 

 


O músico explica que, além dos sucessos, vai tocar também canções mais recentes. “Por exemplo, ‘Desordem dos templários’, ‘Nossa imensidão a dois’ e ‘Semente da maré’, que são músicas de discos mais recentes, mais progressivos. Vamos fazer um roteiro obrigatório também dos hits, é claro”.

 

 

 


O artista afirma que vai percorrer todos os standards e acrescentar algumas canções ao repertório, como “Perdidos na selva”, que ele fez com Júlio Barroso para a Gang 90, “e que foi um grande sucesso”, como ele mesmo relembra. “Ela abriu os anos 1980 para o pop rock brasileiro. É uma música basal do pop rock brasileiro, mas que nunca tocava em meus shows. Agora, a gente a encaixou dentro das músicas mais pop, como ‘Deixa chover’, ‘Cheia de charme’, ‘Aprendendo a jogar’, ‘Loucas horas' e ‘Lindo balão azul’.”

 


Piano de cauda

 

No palco, Arantes estará acompanhado de sua banda. “Gabriel Martini (bateria) já vem gravando nos meus discos mais recentes, os quais ele coproduziu comigo. Tem também o Willy Verdaguer (baixo), que é histórico no rock brasileiro e tocou com o Secos & Molhados. O Alexandre Blanc (guitarra e violão), que tem gravado comigo desde a década de 1990; e Luiz Sérgio Carlini, que é o destaque na guitarra, herói do rock brasileiro que já tocou com Rita Lee e a banda Camisa de Vênus. É uma banda muito bem equilibrada.”

 


O músico paulista conta também que será usado o piano de cauda do teatro, “para cantar as músicas mais pianísticas, tipo ‘Um dia um adeus’, que lancei este ano, e ‘O prazer de viver pra mim é você’, que antecipa o disco que lançarei no próximo ano”.

 

 


Segundo ele, o público poderá sentir toda a consistência do repertório. “É uma honra muito grande me apresentar no Palácio das Artes, que é um espaço sagrado, um templo da música brasileira, entrar naquele palco e, com muito respeito, tocar e cantar para os mineiros.”

 

"Amo Belo Horizonte"

 


Arantes garante que será um encontro bonito e gostoso. “O público mineiro é caloroso e gosta muito de mim. E isso é mútuo, uma troca muito bonita. Para mim é um privilégio, pois amo Belo Horizonte, que é tudo de bom. É sempre um sonho que a gente fica acalentando e pensando sempre em voltar.”

 


Ele conta que fez alguns shows este ano e depois viajou para Ávila, na Espanha, onde tem um estúdio. Lá, conta o artista, está produzindo um novo álbum para o ano que vem. “Aí recebi essa proposta irresistível de voltar a se apresentar em BH e também no Rio de Janeiro. Como não aceitar esse convite?".

 

Influência de Milton

 

Em Ávila, fazendo música, Arantes afirma que, sempre quando volta ao Brasil, e começa a ensaiar e a passar o repertório para os shows se espanta com as suas músicas.

 


“São canções bonitas, bem construídas, enfim, uma história que tem influências tão boas, como as de Milton Nascimento e Taiguara, além das minhas referências. Tenho muito orgulho e fico muito feliz.” Arantes diz que no repertório apenas duas letras não são dele (que assina as melodias) – “Coisas do Brasil” e “Marina no ar”, ambas do “parceiro” Nelson Motta.

 


No show de hoje à noite, a plateia pode esperar um artista emocionado. “(De uns tempos para cá), choro junto com o público. A gente vê as pessoas chorando com as minhas músicas e aquilo me enche de emoção. Acho que a música tem que impactar, assim como as canções dos Beatles, de Milton Nascimento e Taiguara. Isso é fundamental, porque hoje parece que a música está muito algorítmica, uma coisa feita para dar certo, para jogar na segurança de um território conhecido. São muito repetitivas, minimalistas, as frases se repetem e não se desenvolvem.”

 


Arantes diz pertencer à era em que as músicas emocionavam as pessoas. “Foi assim quando ouvi ‘Canção da América’ (Milton Nascimento e Fernando Brant). A pessoa não fica igual, sofre um upgrade quando escuta pela primeira vez. O público vai aos meus shows para curtir essa diferença, para compartilhar isso. Percebo que muitas músicas do meu repertório conseguiram fazer isso, como ‘Planeta Água’”, diz o compositor.

 


“GUILHERME ARANTES: 48 ANOS DE SUCESSO”


Nesta sexta-feira (1º/11), às 21h, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1.537 – Centro). Ingressos à venda na bilheteria local ou pelo Eventim: R$ 500 (inteira, plateia 1), R$ 250 (meia, plateia 1) e R$ 270 (PAC família e amigos, plateia 1); R$ 340 (inteira, plateia 2), R$ 170 (meia, plateia 2) e R$ 190 (PAC família e amigos, plateia 2). Informações: (31) 3236-7400.