Belo-horizontina Adrianna, do Baile da Dri, sobe ao palco do Teatro Sesiminas nesta noite para celebrar 30 anos de carreira -  (crédito: Marcelo Goulart/Divulgação)

Belo-horizontina Adrianna, do Baile da Dri, sobe ao palco do Teatro Sesiminas nesta noite para celebrar 30 anos de carreira

crédito: Marcelo Goulart/Divulgação

 


Quase 10 anos separam “Eu estou aqui”, novo álbum da cantora e compositora belo-horizontina Adrianna, de “Antes de abrir os olhos”, seu disco de estreia lançado em 2015.

 

 


O primeiro trabalho foi concebido em meio a questões pessoais turbulentas e à saída de Adrianna da banda Jota Quest, na qual atuou como backing vocal por cinco anos. O segundo disco, no entanto, surge em um contexto mais alegre e festivo, ao celebrar suas três décadas de carreira na música.

 

 

 


“‘Eu estou aqui’ é mais leve e marca um período de paz, por eu conseguir chegar aos lugares que almejava”, diz Adrianna. “A vida está mais tranquila. Os filhos estão criados e minha carreira está mais estável.”

 


O projeto, que reúne sete faixas autorais e uma interpretação de Adrianna da letra escrita por Marco Damarita, "Varal de cor", será lançado nas plataformas digitais nesta terça-feira (12/11). Hoje também, às 20h, a cantora faz o show de lançamento do álbum no Teatro Sesiminas, com repertório que mescla obras de seus dois discos de estúdio e canções de Tim Maia, Sandra de Sá e Paula Lima.

 

 

Conforme Adrianna, “Eu estou aqui” deveria ter sido lançado alguns anos antes, mas a pandemia atrasou o projeto. “O mundo parou e comigo não foi diferente”, diz ela.

 


“De certa forma, as novas músicas tentam demonstrar que, mesmo com o tempo que separa um álbum do outro, eu continuo aqui: lutando, acreditando no meu trabalho e querendo mostrar às pessoas que é possível realizar grandes sonhos apesar de todas as portas na cara que recebemos ao longo da vida”, afirma Adrianna.

 

Baile da Dri

 

Mesmo afastada das plataformas musicais, a cantora não deixou os palcos: em 2017, fundou o Baile da Dri. Show dançante, o baile roda o Brasil com ritmos apreciados pela artista, como axé, samba e forró.

 

 

Embora a faixa que dá nome ao álbum, “Eu estou aqui”, seja mais intimista e questionadora, canções como “Corpus nus” e “Eu vou dançar” revelam a natureza alegre e dançante do disco, inspirado em gêneros da chamada black music, originada nos Estados Unidos.

 

Sensualidade

 

Segundo Adrianna, seus 12 anos de experiência como vocalista na banda Dib Six, que interpretava sucessos que embalaram o público das discotecas dos anos 1970, também influenciaram seu fazer artístico.

 

“Sandra de Sá, Tim Maia, Michael Jackson e Lady Zu estão entre minhas referências musicais. Venho do nicho black music, soul e MPB; por isso me inspiro em pessoas que exploram esses estilos para escrever novas músicas”, relata Adrianna.

 

 

Com produção musical de Felipe Fantoni, o novo álbum reúne composições criadas em parceria com Maurício Lobato, Duke e Acauã Ranne. Com este último, Adrianna escreveu a sensual “Trem do amor”. Embora letras de algumas músicas possam ser interpretadas como referentes a assuntos amorosos, a artista destaca que este não é o principal tema do projeto.

 

“Certos trechos podem ser entendidos dessa forma, mas não é a intenção. Quando canto ‘vem sentir o prazer que eu vou te dar’, por exemplo, me refiro ao prazer da companhia da amizade. Não é uma concepção sexual. A música ‘Para ser feliz’, minha parceria com Lobato, traduz bem o propósito do disco de querer proporcionar alegria, felicidade e renovação para quem o escuta.”

 


“EU ESTOU AQUI”


• Álbum de Adrianna
• 8 faixas
• Independente
• Disponível nas plataformas digitais
• Show de lançamento nesta terça-feira (12/11), às 20h, no Teatro Sesiminas (Rua Padre Marinho, 60 – Santa Efigênia). Entrada franca, com retiradas de ingressos na plataforma Sympla ou na bilheteria.

 

* Estagiária sob supervisão da subeditora Tetê Monteiro