Adepto do jazz fusion, o violinista Marcos Rabello desenvolve trabalho autoral em Belo Horizonte -  (crédito: Aline Borges/divulgação)

Adepto do jazz fusion, o violinista Marcos Rabello desenvolve trabalho autoral em Belo Horizonte

crédito: Aline Borges/divulgação

 

O violinista e compositor mineiro Marcos Rabello apresenta o álbum “22 horas”, neste sábado (16/11), no Clube de Jazz do Café com Letras.


A primeira ideia do violinista era lançar um trabalho instrumental, com base no jazz fusion. “Desta vez, resolvi gravar duas faixas com letras. Fiz muito vocal na minha vida, agora estou resgatando um pouco disso”, diz.


A letra da canção “O sol” é assinada por João Pedro Ferreira, um dos integrantes da banda Daparte, revelação da cena jovem de BH. “Essa música ficou muito legal”, conta Rabello.

Elogios

O show terá pegada autoral. “Misturo instrumental com músicas de Pat Metheny e de violinistas não tão conhecidos, como o norte-americano John Blake, que me influenciou bastante. Toco também uma do austríaco Rudi Berger, grande instrumentista com quem cheguei a estudar. Mandei a faixa 'Untill tomorrow' para ele, que rasgou elogios. Disse que o som estava maravilhoso, que consegui uma timbragem linda no violino”, comenta Marcos, orgulhoso.


Explicando que o fusion, mistura de jazz tradicional, rock e funk, tem origem no soul e R&B norte-americanos, Rabello promete releituras de músicas de Jean-Luc Ponty, John Blake, Russ Freeman, Stevie Wonder, Michal Urbaniak, Jean-Marie Ecay e Didier Lockwood, além de Pat Metheny e John Blake.
“Vou tocar também '22 horas', de minha autoria, que dá nome ao disco. É quase mistura de progressivo com fusion e rock, algo superimpactante”, garante.


Rabello se apresentará acompanhado por Fernando Rodrigues (guitarra), José Dias (baixo) e Paulo Serafim (bateria), trio que gravou o disco com ele.
O novo álbum chega às plataformas digitais no sábado (16/11), quando vídeos serão disponibilizados no YouTube.


“O disco foi gravado no próprio Clube de Jazz, em Belo Horizonte, com masterização feita por Fernando Delgado na Espanha. Vou deixar para fazer a turnê em 2025”, informa.


Rabello conta que buscou reunir repertório “pra cima, bem diferente”. Animado, afirma que vem recebendo elogios do público. “Não conheço ninguém em BH fazendo algo parecido”, garante.
O álbum “22 horas” tem outra característica. “Trago ali vários violinistas que me influenciaram ao longo da vida.” Cita especialmente Didier Lockwood, “grande músico francês de fusion”, a quem dedicou um disco há dois anos.


Violino é instrumento melindroso, comenta, ao explicar os desafios que enfrentou. “Não pode ficar muito alto, nem muito baixo e também não pode vazar frequência. Enfim, é meio complicado. O meu é de luthier, tem cinco cordas e ótima captação. Confesso que ele ficou muito bonito neste trabalho.”


Garoto-prodígio

Marcos Rabello começou a estudar violino aos 11 anos. Aos 15, fez parte de bandas de rock. Formou-se em música na Fundação Clóvis Salgado e integrou a Orquestra Jovem do Palácio das Artes.
O artista mineiro lançou os discos “O quarto click” (1999), “Todas as cores” (2004), “Marcos Rabello” (2020) e “Tributo a Didier Lockwood” (2022).

 

“22 HORAS”
Álbum do violinista Marcos Rabello. Lançamento neste sábado (16/11), às 22h, no Clube de Jazz do Café com Letras (Rua Antônio de Albuquerque, 47, Funcionários). Área interna: R$ 20 (balcão, em pé), R$ 40 (individual), R$ 80 (mesa para duas pessoas) e R$ 160 (mesa para quatro pessoas). Área externa: R$ 40 (mesa para duas pessoas) e R$ 80 (mesa para quatro pessoas). Ingressos à venda na plataforma Sympla.

 


REPERTÓRIO

“O sol”
. De Marcos Rabello e João Pedro Ferreira

“22 horas”
. De Marcos Rabello


“Agosto”
. De Marcos Rabello

“Até amanhã”
. De Marcos Rabello

“Saia justa”
. De Marcos Rabello

“Airstream”
. De Pat Metheny e Lyle Mays

“Cause we've endend as lovers”
. De Stevie Wonder

“Curves ahead”
. De Russ Freeman

“Good luck brother”
. De Jean Marie Ecay

“Lost forest”
. De Jean-Luc Ponty

“Romance”
. De Didier Lockwood