Ícaro (Humberto Morais) e a Dra. Mancini (Cláudia Abreu) trabalham em clínica clandestina dentro de hospital luxuoso -  (crédito: Fábio Braga/divulgação)

Ícaro (Humberto Morais) e a Dra. Mancini (Cláudia Abreu) trabalham em clínica clandestina dentro de hospital luxuoso

crédito: Fábio Braga/divulgação

 

 

No Hospital São Dimas, em São Paulo, tem até academia, mas o elevador para médicos e pacientes não funciona direito. A observação da doutora Adriana Mancini (Cláudia Abreu) no primeiro episódio de “Sutura”, novo drama médico do Prime Video, resume a dinâmica do luxuoso centro de sáude onde a série de oito episódios se desenrola.

 

 


Com direção de Diego Martins e Jéssica Queiroz, “Sutura” é protagonizada pela cirurgiã Mancini e o jovem residente Ícaro Dias (Humberto Morais). Responsável por inovadora técnica de sutura canhota, a doutora volta ao São Dimas após a licença que a afastou das mesas de cirurgia. Acontecimento traumático com um antigo residente fez com que ela desenvolvesse tremores nas mãos que a impedem de operar.

 



 

Ícaro acaba de ingressar na residência ao lado dos colegas Anna (Juliana Paiva), Maya (Lara Tremouroux) e Theo (Danilo Mesquita). Admirador da Dra. Mancini, o jovem logo percebe que a médica não corresponde à imagem que havia criado dela. Como se não bastasse o embate com a doutora, a condição de homem negro da periferia coloca o talentoso futuro médico em desvantagem em relação aos colegas.

 


“Ícaro é o menino que muda o status quo da microssociedade que é o Hospital São Dimas”, afirma a diretora Jéssica Queiroz. “Todas as vezes em que uma pessoa negra e periférica entra em ambientes majoritariamente brancos, a estrutura vai mudar de alguma forma.”

 

 


Casualidades levam a Dra. Mancini e Ícaro ao necrotério do São Dimas. Ali, no subsolo de um dos hospitais mais luxuosos do país, a vida da dupla muda radicalmente quando surge um paciente ligado ao mundo do crime.

 

 

 


A clínica clandestina aberta pelos dois oferece a Ícaro a chance de quitar a dívida da faculdade que ameaça sua vaga na residência. Para a Dra. Mancini, é a oportunidade de controlar os tremores das mãos e desafiar silenciosamente o diretor Romanelli (Leopoldo Pacheco), determinado a transformar o hospital em uma espécie de hotel de luxo.

 


“Se não fosse pelos tremores, a Dra. Mancini seria invencível. Tudo o que ela tem é a excelência na medicina, mas a fragilidade motora a atinge em cheio e ela cai do pedestal em que se encontrava”, afirma Cláudia Abreu. “Acima de tudo, a médica é comprometida com o ser humano e com a medicina. Quer salvar vidas, independentemente do lugar, mesmo que para isso precise se envolver com o crime.”

 

 


Em clima de thriller, o drama aborda a exclusão social brasileira. “Todos os nossos dublês de mão são cirurgiões. Enquanto a produção encontrou facilmente dublês para outros atores, foram necessários três meses em uma cidade gigante como São Paulo para localizar um médico preto que representasse o Ícaro nas cenas de cirurgia. Isso diz muito sobre o nosso país”, afirma o diretor Diego Martins.

 


“Assim como a Dra. Mancini, Ícaro tem várias camadas”, afirma Humberto Morais sobre seu personagem. “O que ele sente fica na cara, porque o Ícaro é bastante impulsivo e sentimental. Foi muito rico construir um residente tão apaixonado pela vida”, conclui o ator.

 


“SUTURA”


Série com oito episódios, disponível no Prime Video

 

* Estagiária sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria