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Em "Felícia e os super-resíduos do bem", a protagonista é uma ativista ambiental que cria seus próprios brinquedos com materiais reciclados

crédito: Mostra Sesc de Cinema/Divulgação

 

Quando as águas fluviais encontram as correntes oceânicas, a foz do rio pode ser tomada por ondas de até seis metros. O fenômeno natural, muito comum no encontro do Rio Amazonas com o Oceano Atlântico, é chamado “pororoca” e inspirou curta de animação homônimo dos mineiros Fernanda Roque e Francis Frank.

 


O filme, um dos premiados da categoria infantojuvenil da 7ª Mostra Sesc de Cinema, é uma adaptação do texto “A inacreditável história do pescador”, de T. Dalpra Jr, e narra o amor entre uma baleia e um peixe-boi.

 

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“Pororoca” é um dos 20 títulos a integrar a mostra regional gratuita de cinema do Sesc em Minas e será exibido nesta quinta-feira (5/12), no Sesc Palladium. Também constam na programação de amanhã a animação “Diamantes de Acayaca”, de Fernanda Roque e Francisco Franco, e o documentário “A luta das Auras”, dirigido por Marina Araújo. Em BH, a mostra vai até 8 de dezembro.

 

 

“A Mostra Sesc de Cinema é voltada para a difusão do cinema brasileiro, principalmente daqueles filmes que estão fora do circuito comercial e são realizados por cineastas no início de suas carreiras”, comenta Larissa Scarpelli, analista de cultura do Sesc em Minas. “Também vem com o intuito de montar uma programação pautada na diversidade de diretores e enredos. Em dezembro, a mostra ainda passa por Montes Claros, Poços de Caldas e Pouso Alegre”, acrescenta.


Neste ano, a abertura nacional da mostra deixou o eixo Rio-São Paulo e aconteceu em Belém, no Pará. Entre os 33 filmes premiados e exibidos na capital paraense, três são de realizadores mineiros. São eles os curtas-metragens “Pororoca”, “Felícia e os super-resíduos do bem” (Laly Cataguases) e “Soneca e Jupa”, de Rodrigo R. Meireles. Este último foi destaque na Mostra de Cinema de Tiradentes e venceu o Prêmio Júri Popular.

 


“Além dos filmes premiados nacionalmente, elegemos um destaque regional para cada estado em que o Sesc atua. Em Minas, o escolhido foi “Cabinda”, de Swahili Vidal. Outras obras selecionadas também compõem a programação. No Sesc Palladium, por exemplo, serão exibidos outros 16 filmes mineiros, além dos quatro premiados”, explica Larissa.


Em “Cabinda”, o espectador conhece Roza, mulher de 44 anos escravizada por uma família alemã de Juiz de Fora durante o século 19. Na trama, a história de Roza se entrelaça com a de Madalena, mulher negra mantida em cativeiro na contemporaneidade. O média-metragem de Vidal será exibido no próximo domingo (8/11).


Diversidade

 

“Para montar as mostras regionais, levamos em conta que tipo de cinema está sendo produzido no estado, tanto em termos de conteúdo quanto de estética. Além disso, a diversidade de realizadores e realizadoras é imprescindível para ampliar os temas tratados durante a programação”, afirma a analista de cultura.


Conforme Larissa Scarpelli, a seleção de filmes voltados ao público infantojuvenil é prioridade no projeto e reforça valores como amizade e sustentabilidade. É o caso de “Felícia e os super-resíduos do bem”, curta que será exibido no sábado (7/12) e que tem como protagonista uma garotinha com deficiência. Na trama, a protagonista é uma ativista ambiental que cria seus próprios brinquedos com materiais reciclados.


Na sexta (6/12), acontece ainda bate-papo com os realizadores de "A vida dos pombos" (João Paulo Freitas e Yago Guedes), "Jardim tropical" (Breno Alvarenga e Luiza Garcia), "Nação comprimido" (Bruno Tadeu) e "Página três" (João Pedro Diniz). 

 

 

7ª MOSTRA SESC DE CINEMA
Até 8 de dezembro, no Sesc Palladium (Rua Rio de Janeiro, 1.046 – Centro). Entrada gratuita, com retirada de ingressos pelo Sympla ou na bilheteria local, 30 minutos antes das sessões. Programação completa em www.sescmg.com.br.

 

* Estagiária sob supervisão da subeditora Tetê Monteiro