Sulamita Esteliam conta uma história de liberdade, repressão e resiliência em

Sulamita Esteliam conta uma história de liberdade, repressão e resiliência em "O livro de Dora", que tem a Cidade Industrial como cenário

crédito: Ismael dos Anjos/divulgação

 

 

A jornalista mineira Sulamita Esteliam autografa “O livro de Dora e suas irmãs” (Comunicação de Fato), neste sábado (7/12), às 10h30, na Cervejaria Galpão Flor do Campo (Rua Coronel Otávio Diniz, 449, Santa Efigênia).

 

 

Livro de memórias, mas com um toque de ficção – afinal, a autora cita Guimarães Rosa, José Saramago e Adélia Prado no início dos capítulos –, a obra se inspira nas anotações de Maria Dora, vizinha de Sulamita no Bairro das Indústrias. Os diários foram entregues à jornalista pelos filhos da amiga depois da morte da mãe, que sofrera AVC.

 

 

Histórias de afetos, fantasias, silêncios e decepções vêm a público agora, revelando segredos e também surpresas sobre aquela costureira, moça de aparência simples e modesta. Na verdade, a amiga de Sulamita se revelou mulher à frente de seu tempo. Decepção amorosa traumática não derrotou Dora.   

 

Neste domingo (8/12), haverá lançamento às 11h, no Bar Moda de Viola, que fica na Rua Juiz Elizeu Jardim, 153, Bairro das Indústrias. Não poderia ser diferente, ali está o cenário – geográfico e emocional – de "O livro de Dora".

 

 

Sulamita e Maria Dora passaram parte da vida neste bairro da Cidade Industrial. Uma e outra são protagonistas da trama – real – que se passa ali debaixo do alto-forno da Mannesmann, na Vila São Paulo ou então na beira da linha do trem que corta o subúrbio belo-horizontino.

 

"Aqui não são histórias inventadas. São histórias que acontecem em famílias reais, que se querem normais, planeta afora. No caso, nesse microcosmo brasileiro, mineiro, brasiliense, cearense ou pernambucano, nem sempre periférico, de todo modo provinciano", escreve Sulamita no prólogo do livro.