São 40 anos de história. Tudo começou quando os alunos do Berklee College of Music de Boston – John Petrucci (guitarra) e John Myung (baixo) – decidiram montar uma banda de metal progressivo. Chamaram o colega Mike Portnoy para assumir as baquetas e, assim, concluíram a primeira formação do Dream Theater – que se chamava, inicialmente, Majesty. Em pouco tempo, o trio incorporou o vocalista Chris Collins (substituído pouco depois por Charlie Dominici, que, por sua vez, foi demitido em um curto período de tempo) e o tecladista Kevin Moore.
Mesmo sem ter frontman fixo durante anos – James Labrie só entrou na banda em 1991 –, o Dream Theater fez história e influenciou gerações de roqueiros com canções longas e arranjos complexos. A faixa “Octavarium”, do disco homônimo, por exemplo, tem 24 minutos. E “A change of seasons”, do disco de mesmo nome, conta com 23 minutos e 10 segundos.
Ao longo das quatro décadas de existência, o Dream Theater lançou 26 álbuns, vendeu 12 milhões de cópias, ganhou três vezes o Grammy (nas categorias melhor performance de hard rock/metal, em 2012; e melhor performance de metal, em 2014 e 2022) e virou o principal representante do rock progressivo no mundo, embora essa classificação desagrade os músicos da banda.
Para comemorar tal legado, a banda preparou a “40th anniversary tour”, que chega ao Brasil nesta terça-feira (10/12), com show no BeFly Hall. A turnê começou em outubro, na Inglaterra e, além de celebrar os 40 anos do grupo, marca o retorno de Portnoy como baterista depois de 14 anos.
“É muito bom ter o Mike Portnoy na banda novamente”, disse Petrucci em vídeo publicado em suas redes sociais. “Quer dizer, obviamente nós começamos a banda juntos. Nós nos conhecemos aos 18 anos, então, quando eu olho para trás e vejo ele tocando bateria, é como ter meu velho amigo de volta. Isso dá uma sensação ótima no palco”, acrescentou.
Repertório
Se o Dream Theater seguir o repertório com base nas apresentações que a banda vem fazendo, o setlist contempla desde o segundo álbum, “Images and words” (1992), e passa pelos clássicos “Metropolis Pt. 2: Scenes from a memory” (1999), “Awake” (1994) e "Octavarium" (2005). Contando ainda com o controverso "Systematic Chaos" (2007), que divide a opinião dos fãs da banda.
Há surpresas interessantes, como “Octavarium”, que não era apresentada ao vivo desde 2006, e “Hollow years”, do disco “Falling into infinity”, que ficou fora do repertório do Dream Theater desde 2010 – é muito provável que Mike Mangini, substituto Portnoy entre 2011 e 2023, nunca a tenha tocado na bateria.
Outra surpresa é “The mirror”, do disco “Awake”. A última vez que o grupo tocou a música ao vivo foi em 2014.
Depois de Belo Horizonte, a banda vai se apresentar no Rio de Janeiro (13/12), São Paulo (15/12), Curitiba (16/12) e, por último, em Porto Alegre (17/12).
DREAM THEATER – “40TH ANNIVERSARY TOUR”
Nesta terça-feira (10/12), a partir das 19h, no BeFly Hall (Av. Nossa Senhora do Carmo, 230, Savassi). Ingressos à venda na bilheteria ou pelo fastix.com.br, por R$ 1.350 (pista premium/ inteira), R$ 1.150 (cadeira superior ouro/ inteira) e R$ 750 (cadeira superior prata e pista/ inteira). Meia-entrada na forma da lei ou mediante doação de 1kg de alimento não perecível.