Almir Sater, que aterrissa em Belo Horizonte para um show nesta sexta-feira (20/12), às 21h, no BeFly Minascentro, está com sede de estrada e de palco. O motivo é que, ao longo dos últimos anos, o músico deu lugar ao ator – ele emendou duas novelas na Globo, os remakes de “Pantanal”(2022), em que viveu o condutor de chalana Eugênio, e de “Renascer”, neste ano, no papel do Turco Rachid Hassan.
Quando fala de seus planos para 2025, a única certeza que Sater tem é que sua agenda de shows está aberta. “Estou louco para voltar para os braços da música, cair na estrada, sem patrão mandando em mim, porque quando você faz novela, tem patrão, tem horário rígido para cumprir, tem que dedicar 90% do seu tempo. Passada essa fase na televisão, agora quero dedicar 90% do meu tempo à estrada, e o Brasil tem muita estrada para rodar”, diz.
Não é que ele tenha ficado totalmente afastado dos palcos. Em agosto passado, o violeiro, cantor e compositor natural de Campo Grande (MS) esteve na capital mineira para uma apresentação no Palácio das Artes. O show que ele traz agora contempla, basicamente, o mesmo repertório. “Em termos de roteiro, não tem muita novidade, mas cada show é uma emoção diferente, nunca um é igual ao outro”, diz.
O espetáculo foi estruturado há aproximadamente dois anos, para que pudesse, nesse período, ainda que de forma mais esparsa, circular pelo país. Há um espaço generoso no repertório para as canções dos álbuns “AR” (2015) e “+AR” (2018), ambos gravados com o parceiro de longa data Renato Teixeira, mas também inclui sucessos da carreira, como “Tocando em frente”, “Chalana” e “Trem do Pantanal”.
Prêmios
“São músicas que não podem faltar, senão o público chia”, diz. Sobre o destaque ao projeto com Teixeira, ele explica que se justifica pela boa repercussão que os dois álbuns tiveram. “AR” conquistou os prêmios de melhor dupla regional na 27ª edição do Prêmio da Música Brasileira e de melhor álbum de música regional no 17º Grammy Latino. A faixa “D de destino” foi indicada a melhor canção em língua portuguesa do Grammy.
“+AR” foi premiado no 19º Grammy Latino como melhor álbum de música de raízes da língua portuguesa.
Sater explica que a seleção de repertório para um show como este, em que está acompanhado por banda e que não está atrelado ao lançamento de um álbum específico, resulta da soma de fatores objetivos e subjetivos.
“A gente pensa em músicas que funcionam nesse formato com banda, considerando que tem algumas que não se encaixam bem, não soam tão bem ao vivo, mas também levo em conta o que gosto de tocar, o que me emociona. O roteiro é resultado do gosto pessoal com a percepção do que funciona”, afirma.
Sobre se apresentar para o público de Belo Horizonte, ele diz que é sempre um prazer especial. “Sou um violeiro que bebeu muito na escola mineira da viola, então é uma relação de paixão mesmo com esse público, porque o mineiro, no geral, gosta muito de viola. Sempre sou muito bem recebido em qualquer lugar de Minas Gerais que eu vá. Em 2025 quero tocar no máximo de lugares possível, e as cidades mineiras com certeza estão nesse roteiro.”
Outros espetáculos
>>>SINATRA POR MAYRINK
Acompanhado pela Orquestra Opus, o cantor, ator e diretor Fred Mayrink apresenta, nesta sexta-feira (20/12), às 21h, no Cine Theatro Brasil Vallourec (Av. Amazonas, 315, Centro), o espetáculo “Sinatra for you”, em que presta tributo ao icônico artista norte-americano.
O repertório inclui sucessos como “Come fly with me”, "My way" e "Strangers in the night". Grande fã de Sinatra, Mayrink diz que a música do cantor é a trilha sonora de sua vida. Os ingressos custam R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia).
>>>OFICINA G3
Formada por Juninho Afram (vocal, guitarra e violão), Jean Carllos (teclado, piano e vocal) e Duca Tambasco (baixo e vocal), a banda de rock cristão Oficina G3 chega a BH com a turnê “Depois da guerra”, em apresentação nesta sexta (20/12), às 21h30, no BeFly Hall (Av. Nossa Senhora do Carmo, 230, Savassi).
O show conta com as participações de PG (vocal e violão), Alexandre Aposan (bateria) e Celso Machado (guitarra), que já integraram a formação do grupo. Athos 2 e Resgate fazem os shows de abertura a partir das 19h30. Os ingressos para a arquibancada variam de R$ 56 a R$ 160, para a pista, de R$ 98 a R$ 280, e para a pista premium, de R$ 140 a R$ 400, à venda na bilheteria e pelo Sympla.
>>>CASUARINA NO SARUÊ
O grupo carioca Casuarina desembarca em BH com o show de lançamento do álbum “Retrato”, neste sábado (21/12), a partir das 14h, pelo projeto Samba de Boa, no Saruê Funcionários (Rua Paraíba, 523, Funcionários).
Depois da homenagem a Rolando Boldrin (2022), o Casuarina promove agora, com “Retrato”, uma viagem musical ao começo de sua carreira, iniciada em 2001. O álbum, que chegou às plataformas digitais no início de novembro, resgata a boa e velha prática da pesquisa de repertório, redescobrindo sucessos esquecidos e pérolas pouco exploradas por seus intérpretes e autores originais.
Agora com uma formação de trio, o grupo carioca reuniu sambas que marcaram época e foram importantes para cada um de seus integrantes, numa costura a seis mãos do repertório . Os ingressos, que estão no lote extra, custam R$ 40.