Na semana passada, a Justiça do Rio de Janeiro determinou que a música "Million years ago", de Adele, não poderá mais ser reproduzida e comercializada, tanto no Brasil quanto no exterior -  (crédito: Reprodução/ Instagram)

Na semana passada, a Justiça do Rio de Janeiro determinou que a música "Million years ago", de Adele, não poderá mais ser reproduzida e comercializada, tanto no Brasil quanto no exterior

crédito: Reprodução/ Instagram

Toninho Geraes e Adele não chegaram a um acordo, em audiência realizada nesta quinta-feira (19/12), no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O compositor brasileiro acusa a cantora britânica de plagiar a canção "Mulheres", famosa na voz de Martinho da Vila, ao ter lançado "Million years ago", em 2015.

 

 

Em um primeiro momento, os advogados de Geraes foram informados de que a audiência fora convocada pelos representantes legais de Adele e de Greg Kurstin, o produtor da faixa, com o objetivo de promover uma conciliação entre os artistas. Inclusive, a audiência havia sido solicitada com urgência e acabou acontecendo no último dia de funcionamento do Fórum, que fica no centro do Rio de Janeiro.

 

A reunião, porém, foi marcada por intercorrências, informaram os advogados de Geraes, Fredímio Trotta e Deborah Sztajnberg. Além deles e do juiz Victor Agustin Cunha, marcaram presença o próprio artista e a desembargadora aposentada Márcia Cunha, que defenderia os interesses de Adele, Greg Kurstin e da Universal Music. Um representante da Sony também estava no local

 

 

Na audiência, no entanto, verificou-se que a defensora não havia a procuração necessária para defender os interesses dos clientes e tampouco apresentaria uma proposta de acordo. Na audiência, foi dito que Adele não reconheceria a coautoria de Geraes, porque não admitiria o suposto plágio, segundo Trotta.

 

Na semana passada, a Justiça do Rio de Janeiro havia determinado que a música "Million Years Ago", de Adele, não poderá mais ser reproduzida e comercializada, tanto no Brasil quanto no exterior, sem a autorização do compositor, sob pena de R$ 50 mil.

 

 

Em fevereiro, Geraes protocolou um processo contra a cantora. Ele pede R$ 1 milhão de indenização a ela, Greg Kurstin, o produtor da faixa, e a três gravadoras que representam a obra da artista, entre as quais Sony e Universal, que têm sedes no Brasil e também estiveram na audiência.

 

PRÓXIMOS PASSOS

 

O juiz mandou que, em comum acordo, os representantes da artista britânica e suas gravadoras e os advogados do compositor brasileiro contratassem uma museóloga para fazer uma perícia sobre a música de Adele e a de Geraes.

 

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A profissional foi contratada ainda durante a audiência, na presença do juiz. Ela entregará o laudo no fim de janeiro, quando uma nova audiência deve ser marcada, com a volta do Judiciário, que entra agora em recesso.