O ano de 2024 foi um período de grandes perdas para a cultura brasileira, marcado pela despedida de ícones que deixaram um legado profundo em suas áreas de atuação. Entre as personalidades que partiram, está Ney Latorraca, ator e diretor consagrado, que faleceu no dia 26 de dezembro, no Rio de Janeiro, aos 80 anos, vítima de uma sepse pulmonar decorrente de um câncer de próstata.
Com uma carreira brilhante, que incluiu sucessos como “Vamp” e “TV Pirata”, Ney encantou gerações com seu talento e versatilidade, consolidando-se como uma das figuras mais marcantes do teatro e da televisão no Brasil.
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Outro momento de grande comoção foi a morte de Silvio Santos, o maior ícone da televisão brasileira, que nos deixou em 17 de agosto, aos 93 anos. O apresentador, cuja trajetória é sinônimo de comunicação e entretenimento, foi homenageado por todas as emissoras do país, unidas em uma demonstração de respeito e admiração. Sua família optou por uma cerimônia íntima, atendendo ao desejo de Silvio, em respeito às tradições judaicas.
Em outubro, o Brasil também perdeu Cid Moreira, jornalista e locutor lendário, cuja voz marcou gerações no “Jornal Nacional” e em quadros inesquecíveis do “Fantástico”. Cid faleceu aos 97 anos, no Rio de Janeiro, após enfrentar problemas de saúde. Sua partida deixou um vazio entre os admiradores de seu trabalho e consolidou sua memória como um dos maiores comunicadores do país.
Entre as perdas musicais, Sergio Mendes nos deixou em setembro, aos 83 anos. O músico foi responsável por levar a música brasileira para o mundo, com sucessos como “Mas que nada”, eternizando a MPB no cenário internacional.
Outro grande nome que partiu foi Chrystian, da dupla sertaneja Chrystian & Ralf, que faleceu aos 67 anos devido a complicações relacionadas a um transplante de rim. A música popular também ficou de luto com a partida de Anderson Leonardo, vocalista do grupo Molejo, aos 51 anos, após lutar contra um câncer raro.
No campo das artes cênicas, Emiliano Queiroz, eterno Dirceu Borboleta de “O Bem-Amado”, morreu aos 88 anos, deixando um legado de mais de 70 anos de carreira. Jacqueline Laurence, atriz francesa que se destacou no Brasil, também nos deixou, aos 91 anos, reconhecida por interpretar personagens marcantes em novelas e no teatro.
O universo infantil perdeu Ziraldo, criador de “O Menino Maluquinho”, que faleceu aos 91 anos em abril. Ziraldo marcou gerações com suas histórias cheias de humor e sensibilidade, além de ser um dos fundadores do icônico jornal “O Pasquim”.
Agnaldo Rayol, símbolo da música romântica, morreu aos 86 anos, após sofrer uma queda em casa, e será sempre lembrado por sua voz marcante e atuação em programas de TV.
Outras perdas
A atriz Ilva Niño, conhecida por seu talento ímpar na teledramaturgia brasileira, conquistou o público com personagens emblemáticos em novelas como Roque Santeiro e Senhora do Destino. Com mais de 50 anos de carreira, Ilva destacou-se por interpretar papéis de forte conexão com o cotidiano, como empregadas domésticas e governantas, refletindo a vida real e humanizando suas personagens de maneira brilhante.
Jandira Martini, outro grande nome das artes cênicas, também partiu em 2024. A atriz, reconhecida por papéis marcantes em novelas como “O clone” e “Caminho das Índias", trouxe elegância e profundidade para os seus personagens. Além da atuação, Jandira foi dramaturga e uma das pioneiras no fortalecimento do papel feminino na dramaturgia brasileira.
Caçulinha, maestro e músico icônico, que marcou gerações com sua participação no “Domingão do Faustão” morreu na madrugada do dia 5 de maio, aos 86 anos, em São Paulo. Suas contribuições para a música popular brasileira incluem mais de 30 álbuns gravados.
No campo do entretenimento e estilo, o consultor Fábio Arruda morreu no dia 7 de setembro, aos 54 anos. Ele deixou sua marca como um dos nomes mais conhecidos por sua habilidade em transformar eventos e comportamentos em experiências sofisticadas.
O ator Paulo César Pereio, um ícone do cinema nacional, também nos deixou. Pereio era conhecido tanto por sua atuação marcante quanto por seu posicionamento político e sua vida intensa, que refletia nas telas. Em filmes como “Toda nudez será castigada” e "Ação entre amigos", ele demonstrou uma profundidade interpretativa que poucos alcançaram, firmando-se como um dos maiores nomes da história do cinema brasileiro.
O cantor Nahim foi encontrado morto, aos 71 anos, em 13 de junho, em Taboão da Serra. Um dos momentos que mais chamaram a atenção do público foi que o caixão do cantor foi colocado próximo ao chão durante o velório. O motivo foi um pedido especial dele: para que os cachorros pudessem vê-lo.
Outro momento de tristeza foi a trágica morte de Thommy Schiavo, jovem ator que havia despontado em “Pantanal”, no papel do peão Zoinho. Ele morreu em 24 de julho, aos 39 anos. Sua performance apaixonada no remake emocionou o público, especialmente ao protagonizar uma cena de beijo gay.
Por fim, o ex-ator mirim João Rebello Fernandes morreu em 24 de outubro, aos 45 anos. Conhecido por sua atuação em novelas como “Vamp” e “Bebê a bordo”, ele encantou o público na infância e adolescência.